O presidente dos EUA, Donald Trump: pesquisa mostra que grau de confiança no país caiu com a presidência republicana (Pool / Pool/Getty Images)
Gabriela Ruic
Publicado em 27 de junho de 2017 às 10h57.
Última atualização em 27 de junho de 2017 às 10h58.
São Paulo – Há cerca de seis meses na presidência, Donald Trump impactou a maneira como o mundo enxerga os Estados Unidos. Se no fim do governo de Barack Obama 64% da população de 37 países tinha confiança de que os EUA agiriam corretamente no cenário internacional, com o republicano, esse percentual caiu para 22%.
A constatação é de uma pesquisa de opinião conduzida pelo Pew Research Center. De acordo com a análise, a queda de confiança é ainda mais acentuada em países aliados dos EUA na Europa, Ásia, além de México e Canadá.
Pudera: durante esse breve período na presidência, Trump adotou posicionamentos que vão de encontro com as políticas adotadas por Obama na esfera internacional. Exemplos disso são a saída dos EUA do Acordo de Paris e da Parceria Transpacífico, dois grandes acordos firmados pela gestão democrata com dezenas de países.
Os dois países que expressaram os menores graus de confiança sobre o atual governo americano são México (apenas 5% manifestaram essa opinião) e Espanha (7%). Apenas dois relataram confiar mais em Trump que em Obama: Israel e Rússia. Entre os israelenses, 56% declarou confiança no republicano e, entre os russos, 53%.
A imagem dos EUA também foi apurada pela pesquisa. Ao fim da presidência de Obama, 64% do mundo olhava para o país positivamente. Agora, esse percentual caiu para 49%. Novamente aqui, notou o Pew Research, a queda foi mais profunda entre aliados históricos.
No que diz respeito ao presidente, o instituto levantou que o retrato de sua personalidade pintado pela maioria dos entrevistados o coloca como arrogante, intolerante e perigoso. No entanto, há quem o avalie como um líder forte.
A visão que o mundo tem dos americanos em geral, continuou a análise, é positiva. 58% dos entrevistados manifestou uma opinião favorável ao povo. Aqui, a capilaridade e a penetração da cultura americana (cinema, música, por exemplo) parecem ter sido os fatores fundamentais para a manutenção de uma boa imagem do país.