Donald Trump: um dos objetivos de presidente dos EUA será negociar um pacto comercial com May (Leah Millis/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de julho de 2018 às 17h02.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversará com a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, sobre a pressão em relação à Rússia e a possibilidade de conseguir um pacto comercial bilateral durante sua próxima visita ao país europeu, informou nesta sexta-feira o embaixador americano em Londres, Robert Johnson.
Trump e a primeira-dama Melania visitarão o Reino Unido entre 12 e 15 de julho, período no qual o presidente deve se reunir com May e com a rainha Elizabeth II nos arredores de Londres, enquanto na cidade está sendo preparada uma grande manifestação contra o magnata.
Em uma conferência telefônica com a imprensa, Johnson explicou que um dos objetivos de Trump será negociar um pacto comercial com May.
"O presidente foi claro, desde o princípio de seu mandato, disse que adoraria ter um pacto comercial bilateral e está preparado para dar um passo adiante assim que estiver pronto, e isto será rápido, porque sei que é uma prioridade principal para ele", detalhou o diplomata.
Johnson, além disso, sugeriu que os EUA devem buscar "oportunidades" no "Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
"O Reino Unido está agora muito preocupado com o 'Brexit'. Há muito debate sobre os prós e contras, mas, como americanos, sempre olhamos para as oportunidades. O Reino Unido tem uma oportunidade que só se apresenta uma vez na vida para mudar sua direção. Tenho certeza que, independentemente de como seja a saída, o Reino Unido fará do 'Brexit' um sucesso", afirmou Johnson.
Trump se posicionou em várias ocasiões em favor do 'Brexit', mas hoje Johnson garantiu que os EUA não defendem uma saída "dura" ou "branda" do Reino Unido da UE.
Em sua primeira visita como presidente ao país, Trump também falará com May sobre as supostas tentativas do Kremlin de influenciar nas eleições das democracias Ocidentais, bem como sobre o uso em solo britânico do agente nervoso Novichok, desenvolvido pela União Soviética nos anos 1970 e 1980.
Londres acusa Moscou de ter usado esse agente nervoso para atacar em março o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia e, além disso, para intoxicar dois cidadãos britânicos no último sábado.
Ao ser perguntado sobre a posição de Trump em relação a esses acontecimentos, Johnson assegurou que EUA e Reino Unido estão "de acordo" e lembrou que, em represália pelo ataque a Skripal, seu governo ordenou a expulsão de 60 funcionários russos e o fechamento do consulado russo em Seattle.