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Trump exige sigilo da Agência de Proteção Meio Ambiente

O memorando interno aponta que nenhum comunicado de imprensa será divulgado para o público externo

Trump: o presidente indicou para dirigir a EPA o procurador-geral de Oklahoma, Scott Pruitt, que também nega ao conjunto de alterações no clima global (Win McNamee/Pool/Reuters)

Trump: o presidente indicou para dirigir a EPA o procurador-geral de Oklahoma, Scott Pruitt, que também nega ao conjunto de alterações no clima global (Win McNamee/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 17h58.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu nesta terça-feira que funcionários da Agência de Proteção ao Meio Ambiente (EPA, na sigla em inglês) informem sobre suas as atividades para a imprensa ou as publiquem nas redes sociais, além de ter congelado contratos e subvenções do órgão.

"A nova administração da EPA pediu que todos os contratos e as concessões sejam suspensas temporariamente, com efeito imediato. Até que recebamos mais esclarecimentos, isto inclui ordens de trabalho e atribuições", diz diretriz da agência que a imprensa americana teve acesso.

O memorando interno aponta que nenhum comunicado de imprensa será divulgado para o público externo, não haverá "mensagens de blog" e as solicitações feitas por jornalistas serão examinadas cuidadosamente pelos diretores do órgão.

Embora não seja conhecida o alcance total das medidas, previsivelmente, afetarão de maneira frontal à agência, encarregada de trabalhar pela proteção ao meio ambiente.

Em 2013, a EPA investiu US$ 9,6 bilhões em subvenções, em cerca de 1,4 milhão de contratos.

No ano passado, o orçamento total da agência foi de US$ 8,6 bilhões, com dinheiro para doações e contratos com organizações em todos os níveis, desde grupos sem fins lucrativos locais e governos estaduais.

Trump disse, em várias ocasiões, que a mudança climática é "um engano", e indicou para dirigir a EPA o procurador-geral de Oklahoma, Scott Pruitt, que também nega ao conjunto de alterações no clima global.

Além disso, o novo presidente americana assinou dois decretos executivos para ressuscitar os polêmicos projetos dos oleodutos Keystone XL e Dakota Access, cumprindo desta forma duas de suas promessas de campanha, apesar das críticas de grupos ambientalistas.

O oleoduto Keystone SL, da canadense TransCanada, foi vetado por Obama em 2015 e tinha como objetivo transportar 830 mil barris diários de petróleo cru sintético e betuminoso diluído da província canadense de Alberta a diferentes lugares dos EUA, incluindo refinarias do Texas no Golfo do México.

Por sua vez, o Dakota Access, um projeto de US$ 3,8 bilhões, levaria 500 mil barris de petróleo das jazidas betuminosas de Dakota do Norte a uma infraestrutura já existente em Illinois.

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