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Trump envia ao Congresso plano para futura reforma migratória

O presidente quer incluir no plano a construção "completa" do muro na fronteira com o México e um sistema de concessão de vistos baseado no mérito

Trump: o plano do presidente defende também um aumento no custo dos vistos para financiar a melhoria da segurança fronteiriça (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: o plano do presidente defende também um aumento no custo dos vistos para financiar a melhoria da segurança fronteiriça (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de outubro de 2017 às 06h30.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer que uma futura reforma migratória inclua a construção "completa" do muro na fronteira com o México e um sistema de concessão de vistos baseado no mérito, de acordo com seu plano de princípios enviado neste domingo ao Congresso e obtido com exclusividade para a imprensa espanhola pela Agência Efe.

O plano de Trump defende também um aumento no custo dos vistos para financiar a melhoria da segurança fronteiriça, o retorno "ágil" para seus países dos menores de idade que chegam sozinhos aos EUA, a maioria deles centro-americanos, e o fim do "abuso" no sistema de concessão de asilo.

Além disso, o presidente pretende melhorar o cumprimento e a aplicação das leis migratórias com a contratação de mais 10 mil agentes para o Escritório de Controle de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) e 300 fiscais federais adicionais.

Segundo o rascunho ao qual a Efe teve acesso, o Governo de Trump está disposto a trabalhar com o Congresso para atingir "três objetivos": garantir entradas nos EUA "seguras e legais", defender "a segurança" do país e "proteger os trabalhadores e contribuintes americanos".

Trump acredita que "é imperativa a completa construção do muro", comentou à Efe sob anonimato um funcionário de alto escalão da Casa Branca.

E assim está no plano de princípios de Trump, onde o primeiro ponto do quesito de segurança de fronteira é o "financiamento e construção completa do muro na fronteira sul", uma ideia rejeitada totalmente pela oposição democrata.

Quanto ao fomento de uma imigração baseada no mérito, a proposta de Trump contempla, sem dar números, pôr limites às permissões de residência ou "green cards" para cônjuges e filhos menores de idade daqueles que já vivem nos EUA, bem como criar um sistema de pontos para obter essas cartões.

Em agosto passado, Trump já apoiou um projeto de lei dos senadores republicanos Tom Cotton e David Perdue que pretende reduzir à metade a entrada de imigrantes legais nos EUA ao longo da próxima década através da redução na concessão de cartões de residência.

Junto com a segurança fronteiriça e a mudança nos parâmetros de aceitação de imigrantes, o plano de Trump enfatiza a necessidade de "fazer cumprir" as leis migratórias e fazer reformas para a "rápida saída" do país daqueles que ficam mais tempo do que é permitido por seu visto.

"Agora simplesmente não temos as ferramentas para garantir o cumprimento das leis", segundo detalhou o funcionário ao argumentar a necessidade de contratar mais agentes e advogados para o ICE, juízes de imigração e promotores federais.

Na proposta enviada hoje ao Congresso não figura especificamente a busca de uma solução para os 800 mil jovens sem documentos que evitaram a deportação e ganharam licenças de trabalho graças à Daca, um programa executivo ao qual Trump pôs fim em setembro.

Apesar disso, Trump falou com os líderes democratas no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, sobre a possibilidade de chegar a um acordo para substituir a Daca, mas até agora não se sabe de nenhum avanço.

O funcionário insistiu em que é necessário que o Congresso elabore uma legislação para os beneficiários da Daca, lembrando que a Casa Branca gostaria de que isso aconteça "o mais rápido possível".

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