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Trump e Trudeau: um desafiador encontro de opostos

ÀS SETE - Apesar de já se conhecerem, hoje, o premiê canadense tem uma missão pra lá de delicada: convencer Trump de que o país não é seu inimigo econômico

TRUDEAU CUMPRIMENTA TRUMP: na quarta rodada de negociações é a economia do Canadá que fica na berlinda com a ameça de Trump de deixar o Nafta / Carlos Barria/ Reuters (Carlos Barria/Reuters)

TRUDEAU CUMPRIMENTA TRUMP: na quarta rodada de negociações é a economia do Canadá que fica na berlinda com a ameça de Trump de deixar o Nafta / Carlos Barria/ Reuters (Carlos Barria/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2017 às 06h09.

Última atualização em 11 de outubro de 2017 às 07h14.

Que lidar com Donald Trump como presidente dos Estados Unidos seria uma barra, Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, sempre soube. Ele visitou Trump já nas primeiras semanas de seu governo, marcou reuniões e abaixou o tom para lidar com um presidente que poderia ser considerado seu oposto ideal.

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Hoje, Trudeau tem uma missão pra lá de delicada: convencer Trump de que o Canadá não é seu inimigo econômico, em mais um encontro dos dois mandatários para debater o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), inclui também o México. 

Trump disse à revista Forbes, em entrevista publicada nesta terça-feira, que ele acredita que o acordo tem que ser terminado em prol da economia americana. “Se quisermos fazer direito, o Nafta tem que acabar”, disse o presidente, que afirmou preferir acordos bilaterais.

Trump afirmou também que considera um “grande avanço” ter saído do Tratado Trans Pacífico (TTP). É mais uma ação de Trump para desfazer o legado de seu antecessor Barack Obama. 

Na terça-feira, o diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, indicado por Trump, assinou uma ordem que revoga o programa da gestão de Obama que impedia o uso de fontes energéticas poluentes.

Tal atitude basicamente cumpre com o prometido de tirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, já que carvão e gás natural são um terço das emissões americanas. É mais uma ação que o coloca em rota de colisão com Trudeau, ferrenho defensor da pauta ambiental. 

Segundo a ministra de Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, Trudeau vai tentar explicar para Trump que o “Canadá não é o problema dos Estados Unidos, mas o principal cliente”. Os dois países têm uma relação comercial de 1,4 trilhão de dólares em que os americanos são responsáveis por 70% de todas as trocas canadenses.

Mas não deve ser fácil. Os Estados Unidos já colocaram taxas preliminares de importação sobre a fabricante de aviões canadense Bombardier, que é acusada de receber incentivos do governo para obter competitividade de mercado.

Trump também está falando grosso quando o assunto são as importações de lenha, derivados do leite e vinho. Trudeau tem um encontro com o Congresso nos Estados Unidos, onde deve tentar encontrar aliados. Qualquer ouvido amigo é bem-vindo. 

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