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Trump e rei saudita conversam sobre terrorismo e crise com Catar

Presidente americano insinuou que a "linha dura" com o Catar é em parte fruto da sua pressão antiterrorista

Donald Trump: "durante minha recente viagem ao Oriente Médio, declarei que não pode haver nenhum financiamento à Ideologia Radical" (Joshua Roberts/Reuters)

Donald Trump: "durante minha recente viagem ao Oriente Médio, declarei que não pode haver nenhum financiamento à Ideologia Radical" (Joshua Roberts/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de junho de 2017 às 07h11.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou na terça-feira com o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdelaziz, sobre o financiamento de organizações terroristas e da unidade da região, depois que sete países romperam relações diplomáticas com o Catar, de acordo com informações da Casa Branca.

"Os dois líderes abordaram as metas cruciais de impedir o financiamento de organizações terroristas e eliminar a promoção do extremismo por parte de qualquer nação da região", disse um comunicado, depois que a Arábia Saudita e os outros seis países acusaram o Catar de financiar terroristas.

No entanto, "o presidente disse que um Conselho de Cooperação do Golfo - do que também faz parte o Catar - em conjunto é fundamental para derrotar o terrorismo e promover a estabilidade regional".

O Conselho de Cooperação para os Estados Árabes do Golfo é formado pelo Catar, Bahrein, Kuwait, Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Na segunda-feira, a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein anunciaram a ruptura de relações diplomáticas com Catar e ordenaram o fechamento das fronteiras terrestres e do espaço aéreo e marítimo aos meios de transporte desse país.

Além desses quatro países, também romperam as relações com o Catar, as Maldivas e os governos que apoiam a Arábia Saudita nos conflitos do Iêmen e Líbia.

A ruptura é baseada na acusação do governo do Catar, comandando pelo emir Tamim bin Hamad al Zani, de financiar grupos considerados terroristas, como Estado Islâmico, Al Qaeda e Irmandade Muçulmana.

O Catar rejeitou as acusações, considerando-as "calúnias injustificadas", e assegurou que "luta contra o terrorismo e o extremismo", enquanto a comunidade internacional busca formas de acabar com a crise diplomática.

Trump insinuou que a "linha dura" com o emirado é em parte fruto da sua pressão antiterrorista.

"Durante minha recente viagem ao Oriente Médio, declarei que não pode haver nenhum financiamento à Ideologia Radical. Os líderes apontaram para o Catar", disse Trump, na sua conta pessoal do Twitter.

O presidente americano também comentou que "é bom ver" que sua viagem até Riad "já está dando frutos".

"Talvez este seja o começo do fim do horror do terrorismo", enfatizou o presidente.

Apesar as palavras de Trump, a Casa Branca pediu em seguida que os países envolvidos para aliviar as tensões e resolver a crise "rapidamente" e o Departamento de Estado disse que a relação com o Catar é "sólida" e que Washington "segue cooperando" com esse país.

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