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Trump e Hillary buscam votos de latinos na Flórida

As equipes dos dois candidatos estão voltadas para a reta final da campanha eleitoral na Flórida, um estado "pendular"

Eleições: a Flórida é um estado sem padrão de voto fixo (Getty Images)

Eleições: a Flórida é um estado sem padrão de voto fixo (Getty Images)

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EFE

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 14h15.

Miami - Os candidatos à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e Donald Trump estão nesta terça-feira na Flórida, onde participarão de comícios e atividades para captar votos neste cobiçado estado.

Enquanto a democrata Hillary Clinton irá participar do popular programa "El Gordo y la Flaca" do Univision, canal para o público latino nos Estados Unidos, o republicano Trump visitará os cubanos contrários ao governo da família Castro e que protagonizaram a fracassada invasão da Baía dos Porcos (Cuba), em 1961.

Os sobreviventes da operação apoiada pela CIA, que em 55 anos nunca tomaram partido nas eleições presidenciais americanas, anunciaram, há poucos dias, apoio a Trump, segundo revelou a imprensa americana.

Como agradecimento, Trump visitará hoje o museu e a biblioteca que os sobreviventes mantêm no coração da Little Havana, em Miami. Tradicionalmente os exilados cubanos nos Estados Unidos são partidários do Partido Republicano, por ele manter uma política de antagonismo ao governo da ilha.

Com sua visita, Trump, que as pesquisas indicam que está empatado ou ligeiramente abaixo de Hillary na Flórida, parece buscar o voto dos exilados que rejeitam a política do presidente Barack Obama com relação a Cuba. Ele já prometeu, ao longo da campanha, aplicar duras medidas ao regime de Raúl Castro.

Antes dessa visita, em um ato fora da agenda, o magnata teve um breve encontro hoje com um pequeno grupo de funcionários do complexo hoteleiro Trump National Doral Miami, que conta com, aproximadamente, 1.000 trabalhadores, a maioria latino. O empresário disse que seu hotel gera centenas de postos de trabalho diretos e indiretos, e que sua companhia desembolsou US$ 27 milhões em salários, dinheiro que chega ao "sistema e ao país".

Um grupo de pessoas tentou, sem sucesso, que Trump respondesse algumas perguntas e algumas mulheres o questionaram sobre as denúncias de abuso sexual.

Da mesma forma que Trump procura apoio dos latinos, Hillary, que tem uma vantagem considerável com esses eleitores, vai terntar reforçar essa relação com a participação no programa de TV criado por Emilio Estefan e comandado por Raúl de Molina e Lili Estefan.

As equipes dos dois candidatos estão voltadas para a reta final da campanha eleitoral na Flórida, um estado "pendular", ou seja, sem padrão de voto fixo e que tem 29 colégios (circunscrições) eleitorais, uma contribuição importante para conseguir os 270 necessários para ser presidente dos Estados Unidos.

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