WASHINGTON, DC - JANUARY 30: U.S. President Donald Trump takes questions from reporters about the collision of an American Airlines flight with a military Black Hawk helicopter near Ronald Reagan National Airport, in the Brady Press Briefing Room at the White House on January 30, 2025 in Washington, DC. Officials believe that all 64 people on the commercial jet and the three service members on the U.S. Army helicopter died when they collided midair and crashed into the Potomac River airport outside Washington, D.C. on Wednesday. Chip Somodevilla/Getty Images/AFP (Photo by CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP) (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 1 de fevereiro de 2025 às 17h56.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2025 às 17h56.
O presidente Donald Trump anunciou neste sábado (1) que a Venezuela aceitou receber os imigrantes sem documentos deportados pelos Estados Unidos, incluindo membros do grupo criminoso 'Tren de Aragua'.
"A Venezuela concordou em receber de volta a seu país todos os imigrantes ilegais venezuelanos que estavam acampados nos Estados Unidos, incluindo os membros da gangue 'Tren de Aragua'", afirmou Trump em sua plataforma Truth Social, ao mesmo tempo que celebrou o retorno, na sexta-feira (31), de seis americanos detidos na Venezuela.
"A Venezuela também concordou em proporcionar o transporte de retorno", acrescentou Trump.
Os detidos foram libertados na sexta-feira e retornaram aos Estados Unidos após uma reunião entre o enviado especial de Trump, Richard Grenell, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que pediu um "novo começo" nas relações com Washington.
Os seis homens, que não foram identificados, foram fotografados sorrindo em um avião ao lado de Grenell.
Grenell viajou a Caracas para exigir que o governo de Maduro aceitasse o retorno incondicional dos venezuelanos deportados dos Estados Unidos ou enfrentaria as consequências.
"Estamos no processo de expulsar um número recorde de estrangeiros ilegais de todos os países, e todas estas nações aceitaram o retorno dos estrangeiros ilegais", afirmou o republicano.
Trump se comprometeu efetuar a maior campanha de deportação da história dos Estados Unidos, com a promessa de expulsar milhões de imigrantes sem documentos, muitos deles de países latino-americanos.
A Venezuela rompeu relações diplomáticas com Washington em janeiro de 2019, depois que o governo dos Estados Unidos, durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021), reconheceu o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino, em vez de Maduro, e endureceu as sanções econômicas contra o governo socialista de Caracas.
Em seu retorno à Casa Branca, Trump transformou a luta contra a imigração ilegal em prioridade máxima e prometeu executar uma ampla campanha de deportações. O governo republicano já começou a adotar medidas.
Trump declarou estado de emergência na fronteira entre Estados Unidos e México e enviou o Exército para proteger a região.
Desta vez, Trump tenta desafiar o direito à cidadania por nascimento no território dos Estados Unidos, consagrado na Constituição do país. Ele também anunciou a criação de um centro de detenção de imigrantes com 30.000 leitos na base militar da Baía de Guantánamo, em Cuba, que já abriga uma prisão que é muito criticada por ONGs de direitos humanos.
Também provocou uma disputa diplomática com a Colômbia, que concordou em repatriar quase 200 cidadãos expulsos para evitar um aumento significativo nas tarifas de importação sobre os produtos colombianos que entram nos Estados Unidos.
Washington também utilizou aviões militares nos últimos dias para transportar imigrantes sem documentos para Guatemala e Brasil.
Na quarta-feira, o governo Trump acabou com o status de proteção temporária que beneficiava mais de 600.000 venezuelanos nos Estados Unidos e impedia sua deportação.A proteção havia sido prorrogada pelo governo de seu antecessor, o democrata Joe Biden, que usou como justificativa o "regime desumano" de Maduro.