Putin e Trump: "Tem gente que diz: 'Ah, eles não devem se dar bem'. Bem, quem são as pessoas falando isso?" (Carlos Barria/Reuters)
AFP
Publicado em 12 de julho de 2017 às 17h05.
Última atualização em 12 de julho de 2017 às 18h14.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu nesta quarta-feira (12), em uma entrevista, que se dá "muito, muito bem" com seu contraparte russo, Vladimir Putin, com quem se reuniu há uma semana à margem da cúpula do G20 em Hamburgo, na Alemanha.
"Tem gente que diz: 'ah, eles não devem se dar bem'. Bem, quem são as pessoas falando isso? Acho que nós nos damos muito, muito bem", disse Trump à emissora religiosa Christian Broadcasting Network, gravada na Casa Branca.
Na entrevista, Trump disse que os dois tiveram uma "ótima reunião".
"Foi bastante longa. Durou duas horas e 15 minutos. Todos estavam surpresos com o quanto durou, mas isso foi algo bom e não algo ruim", afirmou.
Para o presidente, os Estados Unidos e a Rússia são potência nucleares e, portanto, "não faz sentido não termos algum tipo de relação".
Durante a conversa, Trump desconsiderou a tese segundo a qual a sua campanha para as eleições presidenciais de 2016 recebeu ajuda da Rússia.
"Se Hillary tivesse ganho, nossas Forças Armadas estariam dizimadas, nossa Energia seria mais cara. Isso é o que Putin não gosta em mim", assinalou o presidente.
"Porque desde o primeiro dia quero Forças Armadas fortes e ele não quer ver isso", acrescentou.
Essas são primeiras declarações de Trump desde que ele voltou aos Estados Unidos após a sua viagem à Europa e depois do início do escândalo envolvendo seu filho mais velho, Donald Trump Jr.
O filho do presidente divulgou na terça-feira e-mails que deixaram evidente que no ano passado ele se reuniu em Nova York com uma advogada russa com a intenção de receber informações comprometedoras sobre Hillary que poderiam beneficiar a campanha de seu pai.