Elon Musk, dono da Tesla e SpaceX, e o ex-presidente Donald Trump (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 5 de setembro de 2024 às 15h59.
O ex-presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira que, se eleito presidente em novembro, vai nomear o bilionário Elon Musk para liderar uma auditoria dos gastos do governo e implementar uma reforma "drástica" para reduzir o desperdício.
Segundo o candidato republicano, por sugestão de Musk, que já aceitou a proposta, ele "criaria uma comissão governamental de eficiência encarregada de conduzir uma auditoria financeira e de desempenho completa de todo o governo federal", com o CEO da Tesla como chefe, disse a executivos de negócios no Clube Econômico de Nova York.
O ex-presidente já havia mencionado a ideia de uma Comissão de Eficiência Governamental, mas o discurso desta quinta-feira foi o primeiro em que endossou publicamente a proposta.
"Estou ansioso para servir a América se a oportunidade surgir", escreveu Musk no X. "Não é necessário pagamento, título ou reconhecimento." O dono da rede social já havia dito em um podcast em 19 de agosto que teve conversas com o ex-presidente sobre o assunto e que estaria interessado em servir na comissão.
Ele também pediu uma redução na taxa corporativa "para 15% somente para empresas que fabricam seus produtos na América".
— Em vez de atacar as indústrias do futuro, nós as abraçaremos, inclusive tornando a América a capital mundial das criptomoedas e do Bitcoin — acrescentou Trump.
Além disso, Trump defendeu planos de impor tarifas de 10% a 20% sobre importações, ainda maiores para a China. A medida é criticada por economistas.
Em sua fala, Trump tentou definir como sua gestão da economia seria diferente daquela de sua oponente democrata, a vice-presidente Kamala Harris. Ele tentou colocar a economia no centro da eleição, esperando aproveitar a insatisfação dos eleitores com a inflação e o custo de vida, que marcaram a administração do presidente Joe Biden — segundo a média de pesquisas, elaborada pelo site RealClearPolling, 58,6% dos americanos desaprovam o trabalho do democrata na economia. Uma sondagem da rede pública NPR revelou que 51% dos eleitores acreditam que Trump lidaria melhor com questões econômicas, enquanto 48% apontam Kamala como a mais capaz.