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Trump diz que militares russos precisam deixar Venezuela

A repórteres, presidente americano voltou a dizer que "todas as opções estão em aberto"

Trump se reúne com Fabiana Rosales, esposa do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó (Carlos Barria/Reuters)

Trump se reúne com Fabiana Rosales, esposa do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó (Carlos Barria/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de março de 2019 às 13h22.

Última atualização em 28 de março de 2019 às 06h18.

O presidente Donald Trump afirmou nesta quarta-feira, 27, que a Rússia deve deixar a Venezuela depois de ter enviado no fim de semana aviões cargueiros transportando equipamentos militares em "cooperação" com o governo de Nicolás Maduro, cuja autoridade Washington não reconhece.

"A Rússia deve partir", declarou Trump, ao receber na Casa Branca Fabiana Rosales, esposa de Juan Guaidó, chefe da oposição reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela.

Trump insistiu em que "todas as opções estão na mesa" para pressionar pela saída de Maduro, uma frase que vem se repetindo há meses quando questionado sobre uma possível intervenção dos EUA na Venezuela, mas desta vez pronunciada com grande ênfase.

"Eles estão sob muita pressão agora, não têm dinheiro, não têm petróleo, não têm nada. Não têm eletricidade", disse Trump sobre a Venezuela, atingida por um grande apagão desde segunda-feira, logo após a pior falha de energia de sua história, que durou quase uma semana.

"Além da (pressão_ militar, não se pode ter mais pressão do que se tem... Todas as opções estão abertas", disse.

Rosales foi recebida no Salão Oval como a "primeira-dama da Venezuela", no âmbito dos esforços de Trump para apoiar Guaidó, que na qualidade de chefe parlamentar invocou a Constituição em 23 de janeiro para declarar-se presidente, a fim de liderar um governo de transição e organizar novas eleições.

"Estamos com você 100%", disse Trump a Rosales, formada em comunicação social, de 26 anos.

A esposa de Guaidó, que na quinta-feira se reunirá em Mar-a-Lago, na Flórida, com a primeira-dama americana, Melania Trump, destacou a gravidade da situação em seu país.

"A Venezuela está passando por uma crise muito séria", disse ela, atribuindo a morte de crianças à falta de luz, de comida e de remédios em decorrência da "terrível ditadura" de Maduro.

"Temo pela vida de meu marido", acrescentou Rosales, ao denunciar um "ataque" contra Guaidó no dia anterior, bem como o "sequestro" na semana passada de seu chefe de gabinete, Roberto Marrero, preso pelos agentes de inteligência de Maduro. entre outras ações de assédio para o círculo mais próximo do líder da oposição.

Na terça-feira, a caravana em que Guaidó viajava em Caracas foi violentada ao deixar a sessão da Assembleia Nacional (Parlamento), um ataque condenado por Washington, que disse estar atento à ação das "gangues armadas e ilegais de Maduro conhecidas como coletivos".

Nesta quarta-feira, Rosales denunciou a jornalistas uma "nova onda de repressão e perseguição exacerbada por parte do regime" de Maduro. "Todos sabem que são capazes de assassinar".

Rosales destacou a prisão por agentes de Inteligência do chefe de gabinete de Guaidó, Roberto Marrero, e também mencionou a "ordem para deter" seu cunhado, Gustavo Guaidó, e (...) as "reiteradas ameaças de prisão" contra seu marido.

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