"Se foram os russos, se foi a Síria, se foi o Irã, descobriremos e teremos as respostas em breve", disse Trump (Jim Lo Scalzo-Pool/Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 9 de abril de 2018 às 14h04.
Última atualização em 9 de abril de 2018 às 14h48.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que nas próximas 24 ou 48 horas tomará "decisões muito importantes" sobre a Síria, e previu que logo terá respostas sobre se o responsável pelo ataque químico foi a "Rússia, a Síria, o Irã ou todos eles lado a lado".
"Estamos estudando a situação muito minuciosamente e vamos tomar decisões muito importantes nas próximas 24 a 48 horas", disse Trump em declarações à imprensa durante uma reunião com seu gabinete na Casa Branca.
Trump acrescentou depois que essas decisões serão reveladas "provavelmente antes do final do dia de hoje", durante consultas com os generais do Pentágono.
"Nenhuma opção está descartada", advertiu Trump ao ser perguntado pela possibilidade de uma ação militar na Síria.
"Isto tem que ter a ver com a humanidade, não se pode permitir que ocorra", disse o presidente americano.
Trump qualificou de "atroz", "horrível" e "um ato bárbaro" o suposto ataque químico registrado no sábado na cidade síria de Duma, e que os EUA atribuíram ao regime sírio do presidente Bashar Al-Assad.
"Se foram os russos, se foi a Síria, se foi o Irã, se foram todos eles lado a lado, descobriremos e teremos as respostas em breve", garantiu Trump.
"Eles dizem que não fizeram, mas para mim não há muitas dúvidas a respeito. Os generais descobrirão nas próximas horas", acrescentou.
O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, assegurou também hoje que "não descarta" ações militares contra a Síria após as informações sobre o suposto ataque químico do sábado.
A Sociedade Médica Síria Americana (SAMS, por suas siglas em inglês) e a Defesa Civil Síria, ambas organizações apoiadas pelos EUA, asseguraram que pelo menos 42 pessoas morreram no sábado com sintomas de ter sofrido um ataque químico.
Nenhuma outra fonte confirmou que se tratasse de um bombardeio com substâncias químicas, e tanto a Rússia como Damasco negaram a utilização deste tipo de armamento em Duma e culparam o Exército do Islã.