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Trump diz que haverá "violência" se democratas vencerem eleições

"Estaremos a uma eleição de perder tudo", advertiu o presidente americano a um grupo de líderes religiosos. Eleição legislativa acontece em 6 de novembro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Kevin Lamarque/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Kevin Lamarque/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 09h22.

Última atualização em 2 de junho de 2020 às 09h47.

O presidente americano, Donald Trump, alertou líderes evangélicos que, se os republicanos perderem controle do Congresso dos Estados Unidos nas eleições de meio de mandato, os democratas vão implantar mudanças "rápida e violentamente" - informou o jornal "The New York Times" e a rede de notícias CNN.

Em um encontro com esses líderes na Casa Branca na segunda-feira, Trump disse que "tudo" está em jogo em sua agenda conservadora, caso o partido perca em novembro, de acordo com uma gravação de áudio do encontro obtida pelo NYT.

"A eleição de 6 de novembro será um referendo não apenas sobre mim, mas sobre sua religião, um referendo sobre liberdade de expressão e a Primeira Emenda", alertou o presidente. "Não é questão de gostar ou não gostar, mas de que eles (os democratas) vão reverter tudo o que fizemos e vão fazer isso rápida e violentamente", frisou Trump, de acordo com a matéria do "Times" publicada ontem à noite.

"Vão acabar com tudo imediatamente", insistiu. "Quando você olha para o Antifa", acrescentou, referindo-se aos grupos antifacistas de esquerda, "e você olha para alguns desses grupos, são pessoas violentas". "Vocês têm um poder tremendo em mãos. Nesta sala, temos pessoas que pregam para 200 milhões, dependendo do domingo", observou Trump reforçando que os líderes atuem em suas comunidades pelo voto republicano.

Não foi a primeira vez que Trump alertou para a violência, caso as coisas não transcorressem do jeito dele. Na campanha eleitoral de 2016, o magnata nova-iorquino chegou a afirmar que seus eleitores reagiriam violentamente, se ele não vencesse as primárias republicanas. "Acho que haveria tumultos", advertiu Trump na época.

O "New York Times" relatou que os repórteres foram autorizados a acompanhar alguns breves comentários de Trump e o ouviram falar sobre aborto, liberdade religiosa e desemprego entre os jovens. Depois que a imprensa foi retirada do recinto, porém, Trump mudou o assunto e fez sugestões de como os líderes evangélicos podem ajudar os republicanos a vencer em novembro, acrescentou o "Times".

"Apenas peço a vocês para saírem e garantir que todo seu pessoal vote", afirmou."Porque, se eles não votarem - é 6 de novembro -, se eles não votarem, vamos ter dois anos miseráveis e vamos ter, sinceramente, um período de tempo muito difícil, porque, aí, só tem uma eleição. Estaremos a uma eleição de perder tudo que temos", advertiu.

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