Trump: "Ao menos eu sei que a China tentou!" (Jonathan Ernst/Reuters)
Reuters
Publicado em 20 de junho de 2017 às 20h43.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que esforços chineses para persuadir a Coreia do Norte a conter seu programa nuclear falharam, aumentando a retórica sobre a morte de um estudante norte-americano que foi detido por Pyongyang.
Trump manteve grandes esperanças por maior cooperação da China para exercer influência sobre a Coreia do Norte, se apoiando intensamente no presidente chinês, Xi Jinping, por sua assistência.
Os dois líderes realizaram uma cúpula de alto escalão na Flórida em abril e Trump tem frequentemente elogiado Xi e resistido a criticar práticas comerciais chinesas.
"Embora eu agradeça muito os esforços do presidente Xi e da China para ajudar com a Coreia do Norte, isso não tem funcionado. Ao menos eu sei que a China tentou!", escreveu Trump em publicação no Twitter.
Não ficou claro se seu comentário representou uma mudança significativa em seu pensamento sobre o esforço dos EUA para acabar com o programa nuclear da Coreia do Norte e seus testes de lançamentos de mísseis ou uma mudança na política norte-americana em relação à China.
"Penso que o presidente está sinalizando alguma frustração, ele está sinalizando a outros que ele entende que isto não está funcionando, e ele está tentando se defender, ou se justificar, ao dizer que ao menos tentaram, ao contrário de outros que nem mesmo tentaram", disse Christopher Hill, ex-embaixador dos EUA na Coreia do Sul, à MSNBC.
A declaração de Trump sobre a China deve aumentar a pressão sobre Pequim antes de um encontro sobre diplomacia e segurança entre EUA e China na quarta-feira.
As conversas irão colocar lado a lado o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, e o secretário de Defesa, James Mattis, com o principal diplomata da China, o conselheiro do Estado Yang Jiechi, e o general Fang Fenghui, chefe de Estado do Exército de Libertação Popular.
O Departamento de Estado diz que o diálogo irá focar em maneiras de aumentar pressão para que a Coreia do Norte abandone seu programa nuclear e de mísseis, mas também irá cobrir áreas como antiterrorismo e rivalidades territoriais no estratégico Mar do Sul da China.