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Trump diz que acidente com avião em Washington não deixou sobreviventes

Voo da American Airlines levava 64 pessoas e bateu em helicóptero pouco antes de pousar

O presidente Donald Trump, durante entrevista coletiva na Casa Branca (Roberto Schmidt/AFP)

O presidente Donald Trump, durante entrevista coletiva na Casa Branca (Roberto Schmidt/AFP)

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 14h11.

Última atualização em 30 de janeiro de 2025 às 17h15.

O acidente envolvendo um avião de passageiros e um helicóptero ocorrido em Washington na noite de quarta-feira, 29, não deixou sobreviventes, disse o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em entrevista coletiva.

"Esta foi uma noite sombria e angustiante na capital do nosso país, na história da nossa nação, e uma tragédia de proporções terríveis", disse Trump, na Casa Branca. “Infelizmente, não há sobreviventes.”

A tragédia envolveu um avião da American Airlines, com 64 pessoas, e um helicóptero militar, que levava três pessoas. O avião estava se aproximando do aeroporto Ronald Reagan, nos arredores de Washington, quando colidiu com o helicóptero. Os destroços das duas aeronaves caíram no Rio Potomac, que circunda a capital americana.

As causas do acidente ainda serão investigadas. Na entrevista, Trump buscou relacionar o caso às políticas de diversidade e inclusão aplicadas no governo de Joe Biden, mas não detalhou qual seria a relação entre as duas coisas.

Como foi o acidente em Washington DC

A Federal Aviation Administration (FAA), agência que regula a aviação nos EUA, informou que o acidente ocorreu pouco antes das 21h (23h em Brasília). O avião, um Bombardier CRJ-701 fabricado em 2004 e com capacidade para até 70 passageiros, havia decolado de Wichita, no Kansas.

O voo 5342 da American Airlines estava a aproximadamente 400 pés (cerca de 120 metros) de altitude e a 140 milhas por hora (225 km/h) quando perdeu altura rapidamente sobre o Rio Potomac. O transponder da aeronave parou de transmitir cerca de 2.400 pés antes da pista de pouso.

Minutos antes da colisão, a torre de controle pediu que os pilotos do jato mudassem a aproximação para a pista 33 do aeroporto. Segundo registros de áudio, um controlador de tráfego aéreo questionou se o helicóptero via a aeronave comercial se aproximando e instruiu: “PAT 25, passe atrás do CRJ.” Segundos depois, os dois veículos colidiram.

Pelo menos 300 socorristas foram mobilizados para as buscas, com barcos e refletores iluminando o local do impacto. O chefe do Corpo de Bombeiros de Washington, John Donnelly, classificou a operação como “altamente complexa” devido às condições adversas da água e do vento.

O CEO da American Airlines, Robert Isom, expressou pesar pelo acidente e garantiu que a companhia está priorizando o apoio aos passageiros, familiares e equipes de resgate.

Quem estava a bordo do avião

Um grupo de patinadores artísticos, seus treinadores e familiares estavam a bordo do voo 5342 da American Airlines, informou a Federação de Patinação Artística dos Estados Unidos. Alguns atletas russos também estavam na aeronave.

Os atletas, treinadores e familiares retornavam do Acampamento Nacional de Desenvolvimento, realizado em conjunto com o Campeonato de Patinação Artística dos EUA, em Wichita, Kansas.

Segundo a agência estatal russa TASS, a ex-patinadora Inna Volyanskaya, medalhista de bronze na patinação em dupla no campeonato da União Soviética, estava entre os passageiros da aeronave.

Além disso, o canal de Telegram "Shot" afirmou que o patinador russo Maxim Naumov também estava a bordo do voo.

Histórico de acidentes nos EUA

Em 1982, um avião da Air Florida caiu no Rio Potomac após a decolagem, matando 78 pessoas. Esse desastre foi causado por más condições meteorológicas, ao contrário da noite do acidente desta quarta-feira, que registrava temperatura amena de 15 °C, com rajadas de vento de até 40 km/h.

A última tragédia envolvendo uma companhia aérea dos EUA ocorreu em 2009, quando um Bombardier DHC-8 caiu próximo a Buffalo, Nova York, matando 50 pessoas.

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