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Trump diz que aceitará salário de um dólar como presidente

Trump também disse que divulgará sua declaração de impostos "no tempo apropriado"

Donald Trump: ele pediu para quem se manifestou contra sua eleição que "não tenha medo" (Carlo Allegri/Reuters)

Donald Trump: ele pediu para quem se manifestou contra sua eleição que "não tenha medo" (Carlo Allegri/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 08h20.

Washington - O empresário Donald Trump afirmou neste domingo que renunciará ao salário de US$ 400 mil anuais que lhe corresponderia como novo presidente dos Estados Unidos e que só cobrará um dólar, ao ser essa a quantidade mínima que deve aceitar por lei.

Trump anunciou sua decisão em entrevista para o programa "60 minutes" do canal "CBS", sua primeira aparição na televisão após ganhar as eleições do dia 8 de novembro.

"Acho que por lei tenho que aceitar um dólar, portanto aceitarei um dólar por ano. Mas, o certo é que não sei sequer qual é o salário. Você sabem qual é?", perguntou Trump durante a entrevista à jornalista Lesley Stahl, que lhe respondeu que a retribuição anual para um presidente dos EUA é de US$ 400 mil.

"Não vou aceitar esse salário, não o receberei", afirmou Trump, que gastou boa parte de sua fortuna com programas de televisão, hotéis, cassinos e negócios imobiliários.

Trump também disse que divulgará sua declaração de impostos "no tempo apropriado" e defendeu sua decisão de não divulgá-la durante a campanha eleitoral, como é costume nos EUA há décadas por parte de todos os candidatos à Presidência.

Na entrevista, Trump falou sobre outros temas como a Corte Suprema, composta atualmente por oito juízes após a morte em fevereiro do conservador Antonin Scalia, a quem o milionário prometeu substituir com um magistrado favorável aos valores da direita cristã.

No entanto, hoje Trump disse que se sente "bem" a respeito da decisão do alto tribunal de legalizar o casamento entre as pessoas do mesmo sexo, embora tenha considerado que o direito das mulheres a pôr fim a sua gravidez deve ser competência dos estados e não do governo federal, como o é atualmente.

Além disso, Trump exigiu o fim dos atos violentos contra os hispânicos, afro-americanos e membros da comunidade de lésbicas, gays, transexuais e bissexuais (LGBT), três grupos que denunciaram um aumento de ataques desde a vitória eleitoral do empresário.

Do mesmo modo, Trump, que tomará posse no dia 20 de janeiro, pediu para quem se manifestou nas ruas contra sua eleição que "não tenha medo".

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