Trump: o presidente americano também afirmou hoje não ter "nada" na Rússia, nem "acordos" nem "empréstimos" (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 19h13.
Última atualização em 16 de fevereiro de 2017 às 19h14.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que não está a par de que ninguém em sua campanha eleitoral tenha feito ligações telefônicas a funcionários do governo russo antes do pleito que ganhou em novembro do ano passado.
"Não que eu saiba", respondeu Trump quando uma jornalista lhe perguntou, em entrevista coletiva na Casa Branca, sobre esses supostos contatos de sua campanha com russos.
De acordo com informações da rede de televisão "CNN" e dos jornais "The New York Times" e "The Washington Post", assessores da campanha presidencial de Trump e outros colaboradores próximos tiveram "reiterados contatos" com agentes da inteligência russa no ano anterior às eleições nos EUA.
O "New York Times" citou quatro funcionários e ex-funcionários que, sob condição de anonimato, revelaram registros telefônicos e ligações interceptadas entre os assessores do agora presidente e espiões russos.
Trump também afirmou hoje não ter "nada" na Rússia, nem "acordos" nem "empréstimos", e chamou de "notícias falsas" as informações de supostos contatos dele ou membros de sua equipe com pessoas ligadas ao Kremlin.
"Não tenho empréstimos na Rússia, não possuo nada na Rússia, não tenho acordos na Rússia", declarou, de forma taxativa.
O presidente americano também foi perguntado sobre a renúncia de Michael Flynn depois de apenas 24 dias no cargo como seu principal assessor de segurança, após ser revelado que ele mentiu ao vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e a outros funcionários do alto escalão do governo sobre seus contatos com o embaixador russo em Washington, Sergei Kisliak.
Flynn falou com Kisliak sobre as sanções ao Kremlin que o então presidente Barack Obama impôs antes de deixar a Casa Branca, e Trump disse hoje que ele não ordenou a seu agora ex-assessor que abordasse este tema com o embaixador.
Por outro lado, Trump comentou que, se conseguir ter uma boa relação com a Rússia e o presidente do país, Vladimir Putin, isso seria positivo tanto para os EUA como para o mundo inteiro.
"Se tivermos uma boa relação com a Rússia, acredite, isso seria uma boa coisa, não ruim", afirmou Trump ao ressaltar que seria "muito mais fácil" ser "duro" com esse país, mas que ele quer "fazer o correto" para os interesses dos EUA e do mundo.