Donald Trump: o governo americano advertiu o governo norte-coreano sobre as provocações das últimas semanas (Yuri Gripas/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de abril de 2017 às 11h02.
Última atualização em 12 de abril de 2017 às 17h33.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu nesta quarta-feira que enviará à Coreia do Norte uma Marinha muito forte, perante as ameaças do regime de Pyongyang e um dia depois de conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre o aumento das tensões.
"Estamos enviando uma Marinha. Muito poderosa", indicou Trump em entrevista à rede "Fox Business Network" esta manhã, em referência ao envio do porta-aviões USS Carl Vinson e seu grupo de ataque para águas próximas à Coreia do Norte como mostra de força.
"Temos submarinos muito poderosos, muito mais poderosos do que qualquer porta-aviões. Isso é o que eu posso dizer", enfatizou Trump, acrescentado que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, está "fazendo a coisa errada".
O governo americano advertiu o governo norte-coreano sobre as provocações das últimas semanas com os testes de lançamento de mísseis balísticos que fizeram aumentar a preocupação na zona, especialmente na Coreia do Sul e no Japão, parceiros estratégicos de Washington.
Ontem, em uma mostra de crescente exasperação, Trump advertiu a China, principal aliada do regime norte-coreano, que estava disposto a resolver o problema sem a sua ajuda. Como resposta, o presidente chinês ligou para o americano, apenas alguns dias depois do primeiro encontro de ambos na Flórida, para expressar interesse em manter a coordenação em relação a Pyongyang.
Xi defendeu na conversa com Trump "resolver os problemas através do diálogo", informou a rede de TV oficial chinesa, "CCTV", e reiterou que o Executivo em Pequim continua comprometido com a desnuclearização da península coreana e procura manter a paz e estabilidade na região.
O recente ataque aéreo dos Estados Unidos a uma base do regime sírio de Bashar al-Assad foi interpretado também como uma mensagem a Pyongyang de que a política externa de contenção e multilateralismo, defendida pelo ex-presidente Barack Obama, acabou.