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Trump deve decidir sobre Acordo climático de Paris em maio

O documento foi assinado por mais de 190 países e limita as emissões de dióxido de carbono no mundo todo

Trump: o presidente anunciará sua decisão antes de uma cúpula de líderes do G7 na Sicília (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: o presidente anunciará sua decisão antes de uma cúpula de líderes do G7 na Sicília (Jonathan Ernst/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de março de 2017 às 16h25.

Última atualização em 30 de março de 2017 às 17h47.

O presidente Donald Trump anunciará no final de maio se os Estados Unidos vão continuar ou se retirar do Acordo de Paris, assinado por mais de 190 países e que limita as emissões de dióxido de carbono, informou a Casa Branca nesta quinta-feira.

"Atualmente estamos analisando questões relacionadas ao acordo e esperamos chegar a uma decisão até a cúpula do G7 (na Itália) no final de maio, se não antes", disse Sean Spicer, porta-voz da presidência.

Em um discurso no qual não mencionou nenhuma vez as mudanças climáticas, Donald Trump anunciou, na terça-feira, uma ofensiva contra as iniciativas do seu predecessor democrata, Barack Obama, sobre este tema e prometeu uma reativação da indústria do carvão.

Seu anúncio de revisar o plano sobre o clima de Obama reavivou as especulações relativas à postura que a nova administração pretende adotar ante o acordo alcançado em dezembro de 2015 na capital francesa para tentar deter o aquecimento global.

Os Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases de efeito estufa, atrás da China, tiveram um papel central na implementação desse texto.

Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu retirar o país do acordo e eliminar o pagamento "dos contribuintes americanos" aos programas das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas.

Na sua audiência ante o Congresso para o cargo de secretário de Estado, Rex Tillerson defendeu a permanência do país no acordo, ao considerar que é importante que Washington mantenha "um assento na mesa".

Todd Stern, emissário americano para o clima entre 2009 e 2016, que esteve na linha de frente das negociações internacionais, considera que uma saída deste acordo emblemático teria um impacto profundamente negativo na imagem dos Estados Unidos no mundo.

"Além da postura puramente ideológica, não há nenhuma razão, do ponto de vista lógico, de se retirar, não há um interesse verdadeiro em fazer isso", disse durante uma entrevista à AFP.

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