Trump: "Vou ser um republicano, não vou criar um terceiro partido. Não importa o que aconteça" (Andrew Harrer/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 05h52.
Washington - O magnata nova-iorquino e pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta terça-feira apresentar uma candidatura independente se não for o indicado do Partido Republicano, mesmo tendo ameaçado fazer o mesmo em ocasiões anteriores.
"Vou ser um republicano, não vou criar um terceiro partido. Não importa o que aconteça", disse o bilionário, que na semana passada voltou a deixar no ar a possibilidade de se apresentar de forma independente se não recebesse "um tratamento justo" por parte dos dirigentes conservadores.
"Tenho compromisso total com o Partido Republicano. Sinto-me honrado de estar na liderança. Acredito que meu desempenho será muito bom se for eleito e farei tudo o que estiver em meu poder para vencer Hillary Clinton (favorita para a indicação democrata)", declarou Trump ao ser questionado no debate de hoje em Las Vegas.
Essa é a primeira vez em que o magnata descarta totalmente a candidatura independente, o que levou aos aplausos dos presentes no quinto tête-à-tête televisionado entre os aspirantes à indicação republicana que aconteceu no cassino Venetian, em Las Vegas, inclusive o jornalista que formulou a pergunta, Hugh Hewitt.
"Desenvolvi grande respeito pela liderança do Partido Republicano. Tenho grande respeito pelas pessoas que conheci ao longo deste processo", disse Trump.
Os moderadores da emissora "CNN", que organizou o debate, também perguntaram ao neurocirurgião aposentado Ben Carson sobre essa questão.
O pré-candidato seguiu os passos de Trump e também ameaçou abandonar o Partido Republicano por causa de uma informação que dizia que o partido estaria pensando em buscar um candidato de consenso à margem das eleições primárias.
"O comentário que fiz na semana passada de que deixaria o partido estava condicionado a que o partido agisse como já fez no passado, com muitos subterfúgios e pouca honestidade", disse Carson, que explicou que o presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus, lhe garantiu que a informação do candidato de consenso não era verdadeira.