O ex-presidente Donald Trump, durante evento em Oaks, Pensilvânia (Jim Watson/AFP)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 15h08.
Um evento de campanha de Donald Trump em Oaks, Pensilvânia, terminou de modo curioso na noite de segunda-feira, 14. O republicano encerrou antes do previsto uma sessão de perguntas e respostas e, em seguida, ficou cerca de 30 minutos ouvindo músicas no palco.
Trump participava de um "town hall", um tipo de evento comum na política americana em que candidatos e autoridades respondem perguntas da plateia. O evento estava abafado. Duas pessoas passaram mal e precisaram ser retiradas com auxílio médico. Enquanto os atendimentos ocorriam, Trump pediu que o DJ tocasse a música "Ave Maria".
Depois que o resgate foi feito, a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, que dividia o palco com Trump, tentou retomar a conversa, mas ele preferiu outra opção. "Não vamos mais ter perguntas. Vamos apenas ouvir música. Vamos transformar isso em uma festa musical. Ninguém quer ouvir perguntas, certo?", disse.
A plateia concordou, e o DJ soltou uma série de músicas que Trump costuma ouvir, como Y.M.C.A., de Village People, "Nothing Compares 2 U", de Sinéad O'Connor; "An American Trilogy", de Elvis Presley; "Rich men north of Richmond", de Oliver Anthony e "November Rain", de Guns N' Roses.
Enquanto as músicas tocavam, Trump ficou parado no palco. Ele fez alguns movimentos de dança em algumas canções, mas passou parte do tempo olhando para a plateia ou para o vazio. Aos poucos, as pessoas começaram a ir embora, sem saber se o evento tinha sido encerrado de vez ou não.
O empresário afirmou nas redes sociais que a noite foi "inacreditável". "A sessão de perguntas e respostas estava prestes a terminar quando pessoas começaram a desmaiar de emoção e calor. Começamos a ouvir música enquanto esperávamos e não paramos. Foi muito diferente, mas acabou sendo uma ÓTIMA NOITE!", publicou.
A Pensilvânia é um dos sete estados-pêndulo, que não se inclinam claramente por nenhum partido e decidirão provavelmente quem será o presidente, de modo que ambos os candidatos tentam mobilizar o voto dos indecisos.
Os democratas criticaram a postura de Trump. Nos últimos dias, Kamala, 59 anos, acusou repetidamente seu opositor na disputa pela Casa Branca de ser mentalmente "instável". Na noite de segunda-feira, em um comício na cidade de Erie, também na Pensilvânia, afirmou que o republicano está "cada vez mais instável e desequilibrado".
Com AFP.