Malcolm Turnbull: "discutimos a importância da segurança de fronteira... também discutimos o arranjo de reassentamento de refugiados de Nauru e Manus" (David Gray/Reuters)
Reuters
Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 08h46.
Sydney - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou por telefone que irá honrar um acordo de reassentamento de refugiados com a aliada Austrália, disse o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, no domingo.
A gestão norte-americana anterior concordou em reassentar um número substancial de 1.200 postulantes a asilo, muitos do Afeganistão, Iraque e Irã, abrigados nos centros de processamento da Austrália situados em ilhas remotas do oceano Pacífico localizadas em Papua Nova Guiné e Nauru.
Mas o decreto presidencial de domingo de Trump, que suspendeu o programa de refugiados de seu país, lançou dúvidas sobre o futuro do acordo com a Austra'lia, cujos detalhes e momento de adoção jamais foram tornados públicos.
"Discutimos a importância da segurança de fronteira... também discutimos o arranjo de reassentamento de refugiados de Nauru e Manus, que havia sido iniciado com o governo anterior, e agradeço o presidente Trump por seu comprometimento com aquele acordo existente", disse Turnbull.
Os dois líderes conversaram por telefone no domingo, disse Turnbull a repórteres em Canberra, em uma de várias conversas que o novo mandatário dos EUA teve com líderes mundiais, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê japonês, Shinzo Abe.
Agentes da Segurança Interna dos EUA começaram a avaliar os postulantes a asilo, embora não esteja claro quando aqueles considerados refugiados genuínos serão realocados. Conforme o acordo, a Austrália irá retribuir reassentando refugiados de El Salvador, Guatemala e Honduras.