Príncipe Harry e Meghan Markle: os dois gravaram vídeo para a revista Time criticando a desinformação, mas não citaram nomes de candidatos (Chris Jackson/Getty Images)
Carolina Riveira
Publicado em 24 de setembro de 2020 às 08h28.
Última atualização em 24 de setembro de 2020 às 08h34.
O presidente americano, Donald Trump, adicionou uma novo rival a sua lista de críticas públicas: Meghan Markle, atriz e esposa do príncipe Harry. Após comentários políticos da atriz, o presidente desejou ironicamente "boa sorte" a Harry em entrevista coletiva na Casa Branca.
O comentário mais recente da duquesa de Sussex foi convocando outros americanos a votarem, em transmissão da rede de TV ABC no dia anterior, na terça-feira, 22. "A cada quatro anos, somos informados: 'Esta é a escolha mais importante da nossa vida'. Mas é", disse.
O vídeo, em que Harry também aparece, é parte do especial que apresentou as pessoas mais influentes do mundo, ranking tradicional da Time publicado nesta semana.
Após a fala, Trump foi questionado por repórteres sobre os comentários nesta quarta-feira, 23. "Não sou fã dela", disse. "E eu vou dizer uma coisa -- e ela provavelmente já ouviu isso -- mas eu desejo muita boa sorte ao Harry, porque ele vai precisar."
Markle não citou Trump diretamente no vídeo, mas tanto ela quanto Harry falaram sobre desinformação nas redes sociais. "À medida em que nos aproximamos de novembro, é vital que rejeitemos o discurso de ódio, a desinformação e a negatividade online", disse Harry.
Trump disputa a reeleição nos Estados Unidos contra o democrata Joe Biden. As eleições estão marcadas para 3 de novembro, mas o voto no país não é obrigatório.
Markle, que tem 39 anos, já criticou Trump diretamente no passado, embora antes de fazer parte da família real. Em 2016, quando Trump ainda era candidato à presidência, a atriz chamou o republicano de "misógino" e "divisivo" no programa The Nightly Show with Larry Wilmore.
Em outra fala que é constantemente lembrada, a duquesa disse em agosto deste ano que as pessoas estão "ansiando mudanças", embora tenha se referido mais ao sistema político e não citado candidatos específicos. "As pessoas estão questionando os sistemas nos quais sempre acreditamos", disse à organização de mídia sem fins lucrativos The 19th*, e voltou a defender que os eleitores compareçam às urnas.
No vídeo da Time, Harry lembrou que não vota nos Estados Unidos, mas que, como parte da família real britânica, ele também nunca votou no Reino Unido ao longo de seus 36 anos. A família real não vota para demonstrar neutralidade.
Assim, Markle fará história por ser um membro da família real indo às urnas -- embora, oficialmente, a atriz e Harry tenham renunciado aos deveres do alto escalão da família real do Reino Unido em janeiro deste ano. Harry e Markle se mudaram para a Califórnia com o filho Archie, de um ano.
(Com AFP)