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Trump critica Irã e país rebate: "EUA apoiam carniceiros no Oriente Médio"

Durante discurso, Trump voltou a criticar o Irã, chamou o governo de "regime radical" e afirmou que eles patrocinam o "terror no mundo"

Trump:"Não desviaremos os olhos de um regime que ameaça o genocídio do povo judeu" (Jim Young/Reuters)

Trump:"Não desviaremos os olhos de um regime que ameaça o genocídio do povo judeu" (Jim Young/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de fevereiro de 2019 às 11h47.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2019 às 11h47.

Genebra - Os Estados Unidos apoiam "ditadores, carniceiros e extremistas" no Oriente Médio, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, no Twitter, nesta quarta-feira, em reação ao discurso do Estado da União do presidente norte-americano, Donald Trump.

As tensões entre os dois países aumentaram desde que Trump retirou os EUA de um acordo nuclear multilateral em maio e reativou sanções contra a República Islâmica.

"A hostilidade dos EUA o levou a apoiar ditadores, carniceiros e extremistas que só trouxeram ruína à nossa região", escreveu Zarif em seu tuíte.

Trump classificou o Irã como "o principal Estado patrocinador do terror no mundo" durante seu discurso, e disse que seu governo agiu decisivamente para confrontá-lo, segundo um vídeo de sua fala publicado no site oficial da Casa Branca.

"É um regime radical. Eles fazem coisas muito más", afirmou Trump. "Não desviaremos os olhos de um regime que brada 'morte à América' e ameaça o genocídio do povo judeu".

Zarif respondeu dizendo que o Irã, inclusive sua comunidade judia, está comemorando o progresso enquanto se prepara para celebrar o 40º aniversário da Revolução Islâmica na segunda-feira.

"Os iranianos --inclusive nossos compatriotas judeus-- estão comemorando 40 anos de progresso, apesar da pressão dos EUA, justamente quando Donald Trump novamente faz acusações contra nós", tuitou Zarif, referindo-se ao discurso do Estado da União.

Autoridades iranianas de alto escalão, incluindo o presidente Hassan Rouhani, disseram que a nação está enfrentando sua pior situação econômica em 40 anos, ao menos em parte por causa das sanções dos EUA.

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