Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos (Brandon Bell/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 26 de julho de 2024 às 18h11.
Última atualização em 26 de julho de 2024 às 18h23.
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente seus rivais democratas e prometeu, durante uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta sexta-feira, 26, na Flórida, trabalhar pela paz no Oriente Médio, caso seja eleito.
O encontro encerrou uma semana na qual Netanyahu se dirigiu ao Congresso dos Estados Unidos e manteve conversas com o presidente Joe Biden e a favorita para ser a candidata dos democratas nas eleições de novembro, a vice-presidente Kamala Harris.
"Temos pessoas incompetentes dirigindo o nosso país", disse Trump sentado em frente a Netanyahu, antes de descrever Harris como pior do que Biden.
"Se ganharmos, será muito simples. Tudo será resolvido, e muito rapidamente", assegurou o republicano. "Se não o fizermos, você pode acabar com grandes guerras no Oriente Médio e talvez uma terceira guerra mundial."
Depois, a campanha de Trump emitiu um comunicado sobre a reunião no qual "prometeu que, quando voltar à Casa Branca, fará tudo o que for possível para trazer a paz ao Oriente Médio e impedir que o antissemitismo se espalhe pelos campi universitários dos Estados Unidos", onde fortes protestos contra a guerra em Gaza têm sido registrados.
Trump recebeu Netanyahu e sua esposa Sara em sua mansão de Mar-a-Lago, no sudeste da Flórida.
O líder israelense publicou uma foto na internet na qual aparece segurando um chapéu com a inscrição "VITÓRIA TOTAL" — que ele se comprometeu a alcançar contra o Hamas em Gaza — enquanto permanecia de pé ao lado de Trump.
O encontro desta sexta foi muito mais amistoso do que o que Netanyahu teve com Harris na quinta, quando a vice-presidente pediu um acordo de paz para Gaza.
Harris disse aos repórteres que não iria permanecer "em silêncio" sobre a situação dos palestinos diante da presença de Netanyahu em Washington.
"O que aconteceu em Gaza nos últimos nove meses é devastador", sublinhou, destacando que "são visíveis as imagens de crianças mortas e de pessoas desesperadas e famintas a fugir em busca de segurança, por vezes deslocadas pela segunda, terceira ou quarta vez".
Nesta sexta, Trump descreveu Harris como uma "pessoa de esquerda radical" e disse que considerou seus comentários "desrespeitosos". "Não foram muito agradáveis em relação a Israel", acrescentou.
O território palestino sofre com mais de nove meses de operações israelenses contra o Hamas, cujo ataque em outubro de 2023 causou a morte de 1.197 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo um levantamento da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Mais de 39.175 palestinos morreram na campanha de retaliação de Israel, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas.