Donald Trump: ele disse que não estava satisfeito com a explicação da Arábia Saudita sobre as circunstâncias da morte do jornalista e crítico do governo Jamal Khashoggi em Instambul (Olivier Douliery/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de outubro de 2018 às 09h59.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou "crível" a versão dada pela Arábia Saudita sobre a morte do jornalista Jamal Khashoggi em uma "briga" no consulado do reino em Istambul, no último dia 2.
No Arizona, Trump também comentou que a prisão de 18 pessoas por parte de Riad representa um "bom primeiro passo".
Além disso, o presidente americano afirmou que não acreditar que os líderes sauditas tenham mentido para ele em suas conversas nos últimos dias e que preferiria que qualquer sanção contra o reino não incluísse o cancelamento de contratos armamentísticos.
Mais cedo, o presidente já tinha dito que o Congresso terá um papel importante na determinação da resposta dos Estados Unidos a Riad em relação à morte de Khashoggi.
No entanto, ele também disse que essa decisão deverá levar em conta que a Arábia Saudita "é um país muito rico" com "compras e investimentos" comprometidos no valor de US$ 450 milhões aos EUA.
A Casa Branca também emitiu um comunicado hoje na qual expressa "tristeza" pela morte do jornalista saudita que vivia nos EUA.
"Estamos tristes de saber da confirmação da morte de Khashoggi e oferecemos as nossas mais sentidas condolências à família, à namorada e aos seus amigos", disse em comunicado a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Os EUA também anunciaram que acompanharão de perto as diversas investigações internacionais "sobre este trágico incidente".
Khashoggi desapareceu no dia 2 de outubro, após entrar no consulado saudita em Istambul para buscar documentos que necessitava para se casar com a namorada.
Mais de duas semanas depois, e com a pressão internacional cada vez maior, o governo saudita reconheceu que Khashoggi morreu em uma "briga" dentro do consulado.
Veículos de imprensa turcos e americanos, no entanto, informaram que a Turquia tem provas que Khashoggi foi assassinado após entrar no consulado por agentes sauditas próximos ao príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que tinham viajado para Istambul horas antes.