Mundo

Trump confirma que implementará tarifas em abril, mas contempla 'flexibilidade'

Presidente dos EUA declarou que a imposição dessas tarifas é um "processo justo e não tem uma porcentagem definida"

Donald Trump: presidente dos EUA travou uma disputa comercial com países como México e Canadá (Roberto Schmidt/AFP)

Donald Trump: presidente dos EUA travou uma disputa comercial com países como México e Canadá (Roberto Schmidt/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 21 de março de 2025 às 15h26.

Tudo sobreEstados Unidos (EUA)
Saiba mais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfatizou nesta sexta-feira que mantém sua intenção de impor tarifas recíprocas a partir de 2 de abril, sem exceções, mas acrescentou que pode haver alguma flexibilidade nesse sentido.

"Flexibilidade é uma palavra importante. Haverá flexibilidade, mas basicamente é recíproco", disse ele no Salão Oval da Casa Branca, em um evento no qual anunciou que a produção do caça de próxima geração do Exército, apelidado de F-47, foi concedida à Boeing.

Para Trump, a imposição dessas tarifas é um processo justo e não tem uma porcentagem definida.

"Nós impomos o que eles nos impõem. Nós faremos o que eles fazem conosco. Assim que você faz isso para um, você tem que fazer para todos", comentou, desconsiderando exceções.

Desde seu retorno à Casa Branca, em 20 de janeiro, o líder republicano tem defendido a ativação de tarifas para corrigir o que considera déficits comerciais injustos para Washington e também como medida de pressão contra México, Canadá e China para reduzir o fluxo de fentanil que entra nas fronteiras dos EUA.

Trump disse que sua política já está produzindo resultados.

"Não tenho tempo suficiente para dar tantas entrevistas coletivas, mas diria que, até agora, pelo menos US$ 4 bilhões estão vindo das montadoras. E, o que é mais importante, muitas das que fabricariam no México ou no Canadá agora vão fabricar aqui, porque não quero veículos do Canadá ou do México", analisou.

O presidente enfatizou que "a era das empresas que se mudam para outros países acabou", causando "desemprego e fábricas vazias" nos Estados Unidos, e criticou seu antecessor, o democrata Joe Biden (2021-2025), por ter sido "incapaz" de corrigir a situação.

"O dia 2 de abril será o Dia da Libertação da América. Fomos enganados por todos os países do mundo, amigos e inimigos. Fomos enganados no comércio. Eles nos enganaram no setor militar. Nós protegemos as pessoas e não fazem nada por nós. É uma injustiça que se arrasta por anos e anos e agora parte desse dinheiro voltará para nós na forma de tarifas", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Restaurante nos EUA cobra taxa de cachorro e caso viraliza

Cortes de ajuda humanitária dos EUA já afetam o Acnur, que confirma 400 demissões

Eleitores pressionam políticos democratas por mais combatividade contra ações de Trump

Aeroporto de Heathrow, em Londres, retomará voos após apagão causado por incêndio