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Trump apoia Rússia contra acusação de ingerência na política americana

Os EUA investigam a ligação entre o comitê de campanha de Trump com funcionários russos para influenciar o resultado eleitoral

Trump nega que tenha se associado a fundos russos para manipular o resultado das eleições (Leah Millis/Reuters)

Trump nega que tenha se associado a fundos russos para manipular o resultado das eleições (Leah Millis/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de junho de 2018 às 15h18.

O presidente Donald Trump apoiou a Rússia, nesta quinta-feira (28), em relação à acusação de ingerência no processo político e, em particular, na eleição presidencial americana de 2016, como afirmam funcionários do alto escalão da comunidade de Inteligência americana.

A mensagem foi postada por Trump no Twitter, apenas minutos antes de Washington e Moscou anunciarem uma cúpula com o presidente Vladimir Putin, em 16 de julho, na Finlândia.

"A Rússia continua dizendo que não teve nada a ver com a ingerência nas nossas eleições", apontou o presidente em sua mensagem.

O papel da Rússia na campanha de 2016 é alvo de uma investigação promovida pelo procurador especial Robert Mueller, que busca determinar se o comitê de campanha de Trump se associou com funcionários russos para influenciar o resultado eleitoral.

Por isso, Trump voltou a minimizar o eventual papel da Rússia nas eleições e aproveitou a oportunidade para questionar a credibilidade da investigação de Mueller com a ajuda de agentes do FBI.

"Não houve conluio e não houve obstrução de Justiça", insistiu Trump.

Várias agências americanas de Inteligência concluíram, em 2017, que a Presidência russa ordenou um amplo esforço de influência da opinião pública para prejudicar a candidata Hillary Clinton e em benefício de Trump.

Em fevereiro deste ano, altos funcionários de Inteligência disseram ao Congresso estarem convencidos de que a Rússia não havia posto um fim a esses esforços, de olho nas eleições legislativas que acontecem em novembro deste ano.

Em meio a um temporal político sobre a investigação de Mueller, Trump enviou para Moscou seu conselheiro de Segurança Nacional, o ultraconservador John Bolton, que negociou com Putin a cúpula que acontece em julho na Finlândia.

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