John Kelly: chefe de gabinete fica até o fim do ano (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de dezembro de 2018 às 10h49.
Última atualização em 9 de dezembro de 2018 às 10h49.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no último sábado que seu chefe de gabinete, o general John Kelly, deixará o cargo no final deste ano, depois de meses de atritos e tensões com o governante.
"John Kelly sairá no final do ano", disse Trump em declarações aos jornalistas na Casa Branca.
Trump descreveu Kelly como "um grande cara" e ressaltou que apreciou muito seu serviço durante o último um ano e meio à frente do escritório presidencial da Casa Branca.
"Anunciarei quem substituirá John, provavelmente de forma interina, amanhã ou depois", acrescentou o presidente americano.
Os meios de comunicação americanos divulgaram nas últimas horas informações que indicava uma provável renúncia de Kelly, que, segundo a emissora "CNN", já nem sequer falava ultimamente com Trump.
Kelly, um general retirado que foi o primeiro-secretário de Segurança Nacional de Trump, foi designado como chefe de gabinete em julho de 2017, com a missão de imprimir disciplina a uma Casa Branca marcada pelo caos e pelas lutas de poder.
O veterano militar reconheceu três meses depois que seu trabalho na Casa Branca era "o mais difícil" que jamais tinha feito, e logo começaram a proliferar os rumores sobre sua relação ruim com Trump.
O presidente americano parecia se incomodar particularmente pelo fato de Kelly ter afirmando, no último mês de janeiro, que Trump não estava "completamente informado" ao fazer algumas promessas de campanha em 2016, em particular a de construir um muro na fronteira com o México.
O nome que soa com mais força para substituir Kelly é o de Nick Ayers, o chefe de gabinete do vice-presidente americano, Mike Pence, com quem Trump já teve conversas sobre o assunto, segundo o jornal "The Washington Post".
A saída de Kelly poderia pôr em perigo o cargo da secretária de Segurança Nacional dos EUA, Kirstjen Nielsen, que é considerada a grande protegida do general e que frequentemente recebe críticas de Trump, que não a considera suficientemente dura em matéria de imigração. EFE