Trump: "os EUA tomarão fortes e rápidas ações econômicas" (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de julho de 2017 às 20h58.
Última atualização em 17 de julho de 2017 às 21h30.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta segunda-feira impor "fortes" sanções econômicas contra a Venezuela se o governo de Nicolás Maduro insistir nos planos de formar uma Assembleia Nacional Constituinte.
"Os EUA não ficarão quietos enquanto a Venezuela desmorona. Se o regime de Maduro impuser sua Assembleia Constituinte no dia 30 de julho, os EUA tomarão fortes e rápidas ações econômicas", afirmou Trump em comunicado divulgado pela Casa Branca.
O presidente americano também falou sobre o plesbicito simbólico convocado ontem pela oposição, no qual 7,5 milhões de venezuelanos votaram contra a Constituinte de Maduro.
"O povo voltou a deixar claro que apoia a democracia, a liberdade e o estado de direito. No entanto, seus atos firmes e corajosos seguem ignorados por um líder ruim que sonha em se tornar um ditador", destacou Trump na nota.
Por fim, Trump reitera o pedido de eleições "livres e justas", expressando seu apoio ao povo na tentativa de "restaurar uma democracia plena e próspera no país".
Em junho, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, explicou que o governo de Trump estava trabalhando em uma "lista muito robusta" de indivíduos na Venezuela para ampliar as sanções impostas por violações de direitos humanos no país.
Segundo a imprensa americana, os EUA consideram alargar as sanções para o setor energético da Venezuela, incluindo a petroleira estatal PDVSA, um extremo que a Casa Branca não confirmou.
Na semana passada, Maduro reagiu às ameaças.
"O imperialismo anda nos ameaçando, ameaçam que se a Assembleia Nacional Constituinte eles vão bloquear a Venezuela. Bloquear a Venezuela? A Venezuela não é bloqueada por ninguém", disse Maduro.
"Somos um país livre e soberano, que não se deixa ameaçar ou intimidar por nenhum império deste mundo", completou.