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Trump alega interesses estratégicos para justificar ligação para Putin

Trump ainda afirmou que o ex-presidente George W. Bush tentou se dar bem com o Kremlin, mas não teve "inteligência suficiente" para ter sucesso

Trump: "Se dar bem com a Rússia (e outros) é algo bom, não é algo ruim" (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: "Se dar bem com a Rússia (e outros) é algo bom, não é algo ruim" (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de março de 2018 às 18h15.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que ligou para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para parabenizá-lo pela vitória nas eleições do último domingo por motivos estratégicos, criticando a imprensa por questionar sua relação com o Kremlin.

"Liguei para o presidente Putin da Rússia para parabenizá-lo por sua vitória eleitoral (no passado, Obama também ligou). Os 'fake news' estão enlouquecidos porque queriam que eu o censurasse. Estão equivocados! Se dar bem com a Rússia (e outros) é algo bom, não é algo ruim", disse o republicano no Twitter.

"(Eles) podem ajudar a resolver problemas com a Coreia do Norte, Síria, Ucrânia, Estado Islâmico e Irã, inclusive a próxima corrida armamentista", continuou Trump na rede social.

Trump ainda afirmou que o ex-presidente George W. Bush (2001-2009) tentou se dar bem com o Kremlin, mas não teve "inteligência suficiente" para ter sucesso na tarefa.

"(Barack) Obama e (Hillary) Clinton também tentaram, mas não tinham energia nem química. PAZ ATRAVÉS DA FORÇA!", escreveu Trump sobre a tentativa de Obama de se aproximar da Rússia no começo de seu mandato, com Hillary no comando do Departamento de Estado.

Em meio à investigação sobre a possível interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016 e a possível coordenação do Kremlin com a campanha de Trump para prejudicar Hillary, a ligação do presidente para Putin recebeu várias críticas.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse nesta terça-feira que a ligação não teve nenhuma relação com a investigação e ressaltou que os EUA não "operam em outros países".

"O que sabemos é que Putin foi eleito no seu país, e isso é algo que não podemos ditar a eles, como eles operam. Só podemos focar na liberdade e na imparcialidade das nossas eleições", afirmou.

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