Trump: "Se dar bem com a Rússia (e outros) é algo bom, não é algo ruim" (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de março de 2018 às 18h15.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que ligou para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para parabenizá-lo pela vitória nas eleições do último domingo por motivos estratégicos, criticando a imprensa por questionar sua relação com o Kremlin.
"Liguei para o presidente Putin da Rússia para parabenizá-lo por sua vitória eleitoral (no passado, Obama também ligou). Os 'fake news' estão enlouquecidos porque queriam que eu o censurasse. Estão equivocados! Se dar bem com a Rússia (e outros) é algo bom, não é algo ruim", disse o republicano no Twitter.
I called President Putin of Russia to congratulate him on his election victory (in past, Obama called him also). The Fake News Media is crazed because they wanted me to excoriate him. They are wrong! Getting along with Russia (and others) is a good thing, not a bad thing.......
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) March 21, 2018
"(Eles) podem ajudar a resolver problemas com a Coreia do Norte, Síria, Ucrânia, Estado Islâmico e Irã, inclusive a próxima corrida armamentista", continuou Trump na rede social.
Trump ainda afirmou que o ex-presidente George W. Bush (2001-2009) tentou se dar bem com o Kremlin, mas não teve "inteligência suficiente" para ter sucesso na tarefa.
"(Barack) Obama e (Hillary) Clinton também tentaram, mas não tinham energia nem química. PAZ ATRAVÉS DA FORÇA!", escreveu Trump sobre a tentativa de Obama de se aproximar da Rússia no começo de seu mandato, com Hillary no comando do Departamento de Estado.
.....They can help solve problems with North Korea, Syria, Ukraine, ISIS, Iran and even the coming Arms Race. Bush tried to get along, but didn’t have the “smarts.” Obama and Clinton tried, but didn’t have the energy or chemistry (remember RESET). PEACE THROUGH STRENGTH!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) March 21, 2018
Em meio à investigação sobre a possível interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016 e a possível coordenação do Kremlin com a campanha de Trump para prejudicar Hillary, a ligação do presidente para Putin recebeu várias críticas.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse nesta terça-feira que a ligação não teve nenhuma relação com a investigação e ressaltou que os EUA não "operam em outros países".
"O que sabemos é que Putin foi eleito no seu país, e isso é algo que não podemos ditar a eles, como eles operam. Só podemos focar na liberdade e na imparcialidade das nossas eleições", afirmou.