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Trump agradece a Putin por ter cortado equipe diplomática dos EUA

Putin, reagindo às novas sanções impostas pelo Congresso dos EUA, ordenou em 30 de julho que Washington cortasse de 1.200 para 755 seus funcionários

Putin e Trump: é incerto se Trump estava brincando em seus comentários, sua primeira reação real à ação de Putin (Carlos Barria/Reuters)

Putin e Trump: é incerto se Trump estava brincando em seus comentários, sua primeira reação real à ação de Putin (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 21h32.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu nesta quinta-feira ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, por ter cortado o número de funcionários diplomáticos norte-americanos na Rússia, "porque agora temos uma folha de pagamentos menor".

"Quero agradece-lo porque estamos tentando cortar nossa folha de pagamento e, no que me diz respeito, estou muito grato que ele deixou sair um grande número de pessoas", disse Trump a repórteres em seu clube de golfe em Bedminster, Nova Jersey. "Não há razão real para eles voltarem".

Putin, reagindo às novas sanções impostas pelo Congresso dos EUA, ordenou em 30 de julho que Washington cortasse de 1.200 para 755 seus funcionários da embaixada e consulado até setembro. Muitos dos afetados provavelmente são funcionários locais russos.

É incerto se Trump estava brincando em seus comentários, sua primeira reação real à ação de Putin.

Nicholas Burns, ex-terceira autoridade do Departamento de Estado, chamou os comentários de Trump de "grotescos".

"Se ele estava brincando, ele deveria saber melhor", disse Burns, atualmente professor na Escola de Governo John F. Kennedy, da Universidade de Harvard. "Se ele não estava, é sem precedentes. Um presidente nunca defendeu a expulsão de nossos diplomatas".

Os comentários de Trump são contrários à reação do Departamento de Estado sobre a ordem de Putin. Uma autoridade do Departamento de Estado chamou em 30 de julho a ação russa de "um ato lamentável e desnecessário".

Trump também disse não ter pensado sobre a possibilidade de demitir o conselheiro especial Robert Mueller, que está investigando possível conluio entre a campanha presidencial de Trump e a Rússia.

Ele disse estar surpreso pela operação do FBI no mês passado contra seu ex-gerente de campanha, Paul Manafort, acrescentando que isto mandou um "forte sinal".

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