Macron e Trump: os dois líderes fizeram parte do ataque a bases governamentais sírias (Carlos Barria/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de abril de 2018 às 12h20.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu nesta terça-feira a seu homólogo francês, Emmanuel Macron, por sua "firme colaboração" na recente operação militar na Síria em resposta ao suposto ataque químico do governo de Damasco e afirmou que é o momento ser "fortes" e estar "unidos".
"Presidente Macron, povo da França, dos EUA, agora é o momento de ter força. Portanto, sejamos fortes, estejamos unidos", afirmou Trump após receber formalmente na Casa Branca, junto à primeira-dama, Melania, o presidente da França e sua esposa, Brigitte.
"Junto com nossos amigos britânicos, EUA e França recentemente tomaram ações decisivas em resposta ao uso de armas químicas pelo regime sírio. Quero agradecer pessoalmente ao presidente Macron, às forças armadas francesas e ao povo francês por sua firme colaboração", agradeceu o líder americano.
Os EUA executaram no último dia 13, junto com França e Reino Unido, um ataque na Síria no qual lançaram 105 mísseis sobre três supostas instalações governamentais que produziam e armazenavam armas químicas.
Macron é o primeiro presidente homenageado com uma visita e jantar de Estado nos 15 meses em que Trump está na Casa Branca, e espera-se que os dois conversem sobre os planos americanos a respeito do acordo nuclear com o Irã, a situação na Síria, e a relação comercial entre EUA e União Europeia (UE).
"Juntos, derrotaremos o terrorismo. Juntos, acabaremos com as armas de destruição em massa na Coreia do Norte e no Irã (...). Juntos, construiremos um multilateralismo mais forte", ressaltou Macron.
O presidente francês, que chegou ontem a Washington, terá hoje uma reunião bilateral e uma entrevista coletiva com Trump, seguida de uma visita ao Departamento de Estado e um jantar de Estado; amanhã, fará um discurso no Congresso americano.
Trump é o primeiro presidente dos EUA em décadas que não recebeu uma visita de Estado em seu primeiro ano de governo, e sua escolha por Macron ilustra a relação pragmática que mantém com o presidente francês.