Coreias: Trump afirmou que depois da cúpula a Guerra das Coreais acabou (Korea Summit Press/Reuters)
AFP
Publicado em 27 de abril de 2018 às 09h51.
Donald Trump elogiou nesta sexta-feira a grande ajuda da China pelos avanços diplomáticos com a Coreia do Norte depois dos testes balísticos e nucleares realizados por Pyongyang e uma escalada retórica belicista.
"Por favor, não nos esqueçamos da grande ajuda que meu bom amigo, o presidente Xi da China, deu aos Estados Unidos, particularmente na fronteira com a Coreia do Norte. Sem ele, o processo teria sido muito mais longo e difícil!", afirmou o presidente no Twitter.
Please do not forget the great help that my good friend, President Xi of China, has given to the United States, particularly at the Border of North Korea. Without him it would have been a much longer, tougher, process!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 27, 2018
A China é o único grande aliado de Coreia do Norte, mas apoiou uma série de sanções da ONU contra Pyongyang por seus testesnucleares e de mísseis.
Antes, Trump saudou a cúpula entre os líderes da Coreia do Norte e do Sul, ressaltando, contudo, que "o tempo dirá" se os resultados foram bons.
"Depois de um ano furioso em lançamentos de mísseis e testes nucleares, está acontecendo um histórico encontro entre as Coreias do Norte e do Sul", tuitou Trump, depois que o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e seu colega do norte, Kim Jong-un, concordaram em buscar um acordo de paz permanente e a completa desnuclearização da península.
"Estão acontecendo coisas boas, mas apenas o tempo dirá", afirmou Trump.
Em outro tuíte, Trump escreveu: "FIM DA GUERRA DA COREIA! Os Estados Unidos, e todo seu GRANDE povo, deveriam estar muito orgulhosos do que está acontecendo hoje na Coreia!".
Em 2017, Pyongyang lançou seu mais potente teste nuclear e testou mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) capazes de alcançar o território continental dos Estados Unidos.
Em uma declaração conjunta, Moon e Kim confirmaram "o objetivo comum de obter, mediante uma desnuclearização total, uma península coreana não nuclear".
"Não haverá mais guerra na península coreana", acrescentaram após a cúpula, a primeira em mais de uma década e 65 anos depois do encerramento da disputa apenas com um armistício, e não com um tratado de paz.
Este ano, as duas Coreias tentarão pôr fim à guerra de forma permanente e, para isso, tentarão - segundo o texto - se reunir com os Estados Unidos e talvez com a China (ambos signatários do cessar-fogo), "visando a declarar o fim da guerra e estabelecer um regime de paz permanente e sólido".