Donald Trump: "Fiz ele saber que não podemos aceitar isso, que não vamos aceitar, e que as coisas serão dessa forma" (Leonhard Foeger/Reuters)
EFE
Publicado em 18 de julho de 2018 às 18h58.
Última atualização em 18 de julho de 2018 às 19h57.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que, durante o encontro com presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Helsinque, disse que não aceitaria mais que o Kremlin interferisse na política americana.
Em entrevista à emissora "CBS News", Trump também afirmou que poderia considerar Putin como responsável pela suposta interferência da Rússia nas eleições americanas de 2016.
"Fui muito firme ao dizer a ele que não podemos ter interferência, que não podemos ter nada disso", disse Trump, que teve um trecho antecipado pela "CBS" no Twitter.
"Fiz ele saber que não podemos aceitar isso, que não vamos aceitar, e que as coisas serão dessa forma", continuou o presidente.
Trump voltou a afirmar que acredita que a Rússia interferiu nas eleições americanas de 2016. No entanto, diante de Putin em entrevista coletiva posterior ao encontro em Helsinque, o presidente americano colocou em dúvida a hipótese, questionando as conclusões das agências de inteligência do país.
Perguntado se considera Putin responsável pela ingerência, Trump respondeu que "poderia considerá-lo" porque o presidente russo está no comando de seu país.
"Assim como eu me considero responsável pelas coisas que ocorrem neste país, então, certamente, como líder desse país, você teria que considerá-lo responsável", completou Trump.
Trump concedeu a entrevista pouco depois de afirmar, em reunião com os secretários de seu governo, que "nenhum presidente americano foi mais firme com a Rússia do que ele" e que "Putin sabe disso melhor do que ninguém".