Trump: "Estou muito desapontado com o procurador-geral" (Carlos Barria/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de julho de 2017 às 18h44.
Última atualização em 25 de julho de 2017 às 19h18.
Em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que só o tempo dirá o que vai acontecer com o procurador-geral Jeff Sessions, após relatos de que Trump estaria cogitando demiti-lo.
Trump e Sessions têm entrado em atrito desde que o procurador-geral disse que se afastaria da investigação sobre a possível tentativa da Rússia de interferir nas eleições americanas.
Hoje, Trump disse que está desapontado com Sessions e que "a recusa não é injusta apenas com o presidente; é injusta com a Presidência".
Trump já havia declarado que, se soubesse que Sessions se afastaria das investigações, não o teria contratado.
Ao ser questionado por um jornalista sobre a posição de Sessions, Trump disse que espera que o procurador-geral seja "mais duro com vazamentos das agências de inteligência" e que "só o tempo dirá o que vai acontecer com ele".
Sobre a aprovação da abertura do debate acerca do projeto de reforma da saúde pelo Senado, o presidente disse que esse foi "um grande passo" para os EUA e representa "o começo do fim do desastre conhecido como Obamacare", referindo-se à lei de saúde de seu antecessor, Barack Obama.
"Agora vamos seguir com cuidados de saúde reais para o povo americano".
Na coletiva, Trump também prometeu apoio contínuo do exército americano ao governo libanês, na luta contra o Hezbollah e o Estado Islâmico, observando que o Líbano sofreu os impactos da crise imigratória desencadeada na guerra da Síria, onde o Hezbollah e o Estado Islâmico têm papel importante.
"Com o apoio do Irã, o Hezbollah tem contribuído com a instabilidade na Síria", disse o presidente. "Eu prometo apoio contínuo ao Líbano no acolhimento dos refugiados sírios", afirmou.
"EUA e Líbano compartilham a busca por estabilidade e paz".
Trump ainda acusou o presidente da Síria, Bashar al-Assad, de cometer atrocidades contra o seu próprio povo, referindo-se a um ataque químico que teria sido conduzido pelo governo da nação árabe.
"Não sou fã de Assad, eu acho o que ele fez para a Síria e para a humanidade é horrível", disse.
Já Hariri foi questionado sobre o papel dos EUA na resolução da crise no Oriente Médio entre o Catar e outras quatro nações árabes, que recentemente cortaram relações com a pequena nação, acusando-a de financiar o terrorismo.
Hariri disse que Catar e Arábia Saudita estão se esforçando para resolver seus problemas e que os EUA podem ajudar.