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Trump adverte que não deixará que "pessoas ruins" entrem nos EUA

O presidente americano acusou os líderes democratas de defender uma política de "fronteiras abertas" que, segundo sua opinião, "significa mais crime"

Donald Trump: "Quase 100% da heroína nos Estados Unidos entra através da fronteira sul", disse (Carlos Barria/Reuters)

Donald Trump: "Quase 100% da heroína nos Estados Unidos entra através da fronteira sul", disse (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de novembro de 2018 às 10h57.

Miami - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado em um comício em Pensacola (Flórida) que não permitirá que "pessoas ruins" que viajam com a caravana de migrantes centro-americanos rumo à fronteira sul entrem no país.

"Não sei se viram os relatórios, mas há um monte de pessoas ruins nas caravanas, e não vamos permitir que entrem", disse Trump em um grande comício realizado em um hangar do Aeroporto Internacional de Pensacola, no noroeste da Flórida.

Como em outros atos de campanha, o presidente americano acusou os líderes democratas de defender uma política de "fronteiras abertas" que, segundo sua opinião, "significa mais crime", e de querer "convidar caravana após caravana", em referência aos imigrantes centro-americanos que entraram no México com intenção de chegar aos EUA.

Trump também atacou os democratas, e especialmente o candidato deste partido ao governo da Flórida, Andrew Gillum, por querer abolir o Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE), uma agência federal que segundo Trump está "cheia de patriotas" que no ano passado deteve 127 mil imigrantes ilegais.

"Quase 100% da heroína nos Estados Unidos entra através da fronteira sul, junto com cerca de 90% da cocaína, da maioria da metadona e de uma parte substancial do fentanilo", afirmou Trump, para justificar sua ideia de fortalecer as fronteiras.

O ato desta noite teve como finalidade mobilizar as bases republicanas para as eleições intermediárias que acontecem no dia 6 de novembro, nas quais esse partido luta pela maioria no Capitólio de Washington.

Ao palanque do aeroporto de Pensacola subiu por causa disso o atual governador da Flórida, Rick Scott, quem quer tirar do democrata Bill Nelson sua cadeira na Câmara, em uma corrida na qual ambos estão tecnicamente empatados.

"Tivemos dois grandes furacões, Irma e Michael, e ele me ligava a cada dia e me dizia 'o que você precisa", disse Scott, sobre a ajuda federal que a Flórida recebeu no ano passado e no atual após o impacto dos ciclones no litoral deste estado.

Scott lamentou que seu oponente não tenha feito o suficiente pelos habitantes locais, enquanto Trump criticou que em seus quase dois anos de mandato não tenha recebido nem uma só ligação de Nelson.

O presidente se referiu também a Ron DeSantis, candidato a governador e que enfrenta o errático "socialismo" representado pelo democrata Andrew Gillum, prefeito da capital da Flórida, Tallahassee, e quem quer ser o primeiro governador afro-americano deste estado.

"A grande ideia de Gillum é aumentar os seus impostos em 40%", afirmou DeSantis durante o comício.

Trump focou em seu discurso na alta de impostos, na destruição de emprego e na erosão do Medicare e da Seguridade Social que ia representar uma vitória democrata nas eleições de terça-feira, nas quais a Flórida é uma peça-chave.

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