Trump: "Tive conversa muito boa ontem (quinta-feira) com o presidente da China. Acho que estamos a ponto de nos relacionar muito bem" (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 18h35.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a conversa da noite de quinta-feira com o colega chinês, Xi Jinping, o faz pensar que ambos se relacionarão "muito bem" e opinou que isso beneficiará "a China, o Japão e todos na região".
"Tive conversa muito boa ontem (quinta-feira) com o presidente da China. Acho que estamos a ponto de nos relacionar muito bem", disse Trump em entrevista coletiva junto ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Trump explicou que a conversa por telefone com Xi foi "muito longa" e ambos abordaram "muitos temas", nos quais suas equipes seguem "trabalhando atualmente".
"Acredito que isto funcionará muito bem para todo mundo, para a China, Japão e todos na região", acrescentou o republicano.
O líder americano se comprometeu na quinta-feira, em conversa com Xi, a respeitar a política de "uma só China" que representou a base das relações bilaterais desde 1972, algo que tinha sido colocado em dúvida antes de chegar ao poder.
A polêmica sobre a política de "uma só China" começou quando Trump falou com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, após ganhar as eleições, o que significou o contato de mais alto nível entre Taipé e Washington em quase 40 anos. Posteriormente, Trump disse que não permitiria que a China o dissesse o que ele deveria fazer.
"Não sei por que temos que estar ligados por uma política de 'uma só China', a não ser que cheguemos a um acordo com a China que tenha a ver com outras coisas, inclusive o comércio", disse em entrevista exibida pela televisão.
Durante a campanha eleitoral e também como presidente, Trump culpou a China (além do México) pelo déficit comercial dos Estados Unidos e pela perda de vagas de trabalho.
Trump disse nesta sexta-feira que continua preocupado com a "desvalorização da divisa" por parte da China e que está trabalhando para que haja "condições de igualdade" para a concorrência econômica em nível global.
"Estamos trabalhando para fazer com que seja justo, e faremos com que seja justo", afirmou o líder americano.