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Trump acredita que Cuba é responsável por ataques a diplomatas

Supostos ataques acústicos a 22 funcionários da embaixada americana no país caribenho geraram uma crise bilateral

Embaixada: o governo cubano nega qualquer responsabilidade nos incidentes (Alexandre Meneghini/Reuters)

Embaixada: o governo cubano nega qualquer responsabilidade nos incidentes (Alexandre Meneghini/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 17h24.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira acreditar que Cuba é responsável pelos supostos ataques acústicos a 22 funcionários da legação diplomática americana no país caribenho e que geraram uma crise bilateral.

"Sim, acredito que Cuba é responsável. Sim, acredito", disse Trump em uma entrevista coletiva na Casa Branca.

O presidente americano não fez mais comentários a respeito, além de dizer que o ocorrido em Havana foi "um ataque muito incomum".

O Departamento de Estado dos EUA ainda não culpou o governo cubano pelos ataques e reiterou que desconhece "o que ou quem" provocou esses incidentes, e o caso está sob investigação do FBI.

Por outro lado, os EUA acusam Cuba de não ter cumprido com a obrigação de garantir a segurança dos funcionários do governo americano em seu território.

O governo cubano, por sua vez, nega qualquer responsabilidade nos incidentes e alega que os investiga desde que teve conhecimento dos acontecimentos, mas se queixou da falta de cooperação das autoridades americanas no compartilhamento de informações e da falta de provas dos ataques.

Na semana passada, o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, afirmou que, para ele, "o governo cubano poderia acabar com os ataques aos diplomatas".

A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, disse depois que Kelly se referia provavelmente à obrigação de que o governo cubano tem, sob a Convenção de Viena, de "garantir a segurança de funcionários da legação diplomática".

Os "ataques" levaram o Departamento de Estado a reduzir ao mínimo o número de funcionários na embaixada americana em Havana, o que levou à suspensão da emissão de vistos e limitação dos serviços consulares de emergência.

O governo americano também ordenou na semana passada a expulsão de 15 funcionários da embaixada cubana em Washington, um passo que aumentou as tensões bilaterais.

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