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Tropas sírias e Hezbollah tentam avançar em área estratégica

Por enquanto, segue paralisada a aplicação de um acordo firmado entre as partes nos últimos dias para pacificar o vale

Síria: o abastecimento de água a partir do vale Barada está interrompido na capital desde 23 de dezembro (Bassam Khabieh/Reuters)

Síria: o abastecimento de água a partir do vale Barada está interrompido na capital desde 23 de dezembro (Bassam Khabieh/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 10h28.

Última atualização em 24 de janeiro de 2017 às 12h10.

Beirute - O exército do governo sírio e o grupo xiita libanês Hezbollah estão tentando avançar nesta terça-feira na cidade de Ain al Fijah, situada no vale do rio Barada, responsável pelo fornecimento de água à capital da Síria, Damasco, de acordo com uma fonte da oposição e o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

O comandante da sala de operações dos insurgentes em Damasco e seus arredores, Abu Zuheir al Shami, disse à Agência Efe pela internet que "a situação não é boa, pois o regime e as milícias do Hezbollah estão tentando progredir por Ain al Fijah, onde há disparos de artilharia intensos".

O OSDH afirmou que foram ouvidas fortes explosões originadas pelo fogo da artilharia governamental contra essa população e outras áreas do vale.

Além disso, aviões militares sobrevoaram Ain al Fijah, onde, por enquanto, não há informações sobre bombardeios, indicou o OSDH.

Segundo esta fonte, a aplicação de um acordo alcançado entre as partes nos últimos dias para pacificar o vale, situado na região de Al Qalamoun Ocidental, perto da fronteira com o Líbano, continua estagnada.

O OSDH afirmou que as autoridades sírias querem incluir no pacto sobre o vale outras partes dessa região, onde há forte presença do Hezbollah.

No entanto, Shami garantiu que esse acordo nunca existiu: "Não há nenhum pacto porque rejeitamos os pontos exigidos pelo regime", indicou o dirigente rebelde, que lembrou que as autoridades queriam que os combatentes opositores abandonassem suas posições na região.

As hostilidades continuam no vale do rio Barada apesar da trégua que vigora em todo o país, iniciada em 30 de dezembro, graças a um acordo entre Rússia, aliada do governo de Damasco, e Turquia,que apoia a oposição.

Devido à violência na região, o fornecimento de água do vale para a capital síria está interrompido desde o dia 23 de dezembro.

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