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Tropas sírias controlam a cidade de Qousseir

O exército sírio assumiu o controle "total" desse antigo reduto dos rebeldes, após uma ofensiva de três semanas


	Soldados sírios em uma praça da cidade de Qousseir: fontes da oposição confirmaram a informação
 (AFP)

Soldados sírios em uma praça da cidade de Qousseir: fontes da oposição confirmaram a informação (AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 13h09.

Beirute - O Exército sírio, apoiado pelo Hezbollah libanês, assumiu nesta quarta-feira o controle da estratégica cidade de Qusayr, reduto dos rebeldes há um ano, em uma importante vitória para o regime de Bashar al-Assad.

Qusayr, que fica entre Homs (centro) e o litoral sírio, perto da fronteira libanesa, é considerada uma localidade estratégica, já que permite a entrada de armas e combatentes para os rebeldes a partir do Líbano.

Para as forças leais a Bashar al-Assad também é estratégica, pois fica entre Damasco e o Mediterrâneo, em plena zona alauita (a confissão de Assad).

O exército sírio assumiu o controle "total" da região de Qusayr, antigo reduto dos rebeldes, após uma ofensiva de três semanas centrada na cidade, informou a televisão estatal síria.

"O exército restabeleceu a segurança na totalidade da cidade de Qusayr", afirmou a agência oficial SANA.

"O exército sírio controla totalmente a região de Qusayr, na província de Homs, depois de ter matado um grande número de terroristas e capturado outros", anunciou o canal Al-Ikhbariya.

Fontes da oposição confirmaram a informação.

"Sim, irmãos, perdemos a batalha", escreveu a Comissão Geral da Revolução Síria em sua página no Facebook.


"Os insurgentes continuam combatendo milhares de mercenários libaneses do Hezbollah", completa a nota.

O Observatório Sírio dos Direito Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, afirmou que "o exército e o Hezbollah conseguiram controlar Qusayr, depois de bombardear intensamente a cidade durante a noite. Os grupos rebeldes se retiraram para outras áreas porque estavam sem munições".

O governo do Irã "felicitou o exército e o povo sírios" pela vitória ante os "terroristas", informou a agência oficial Irna.

Depois da reconquista, o exército advertiu que pretende "esmagar" os rebeldes na Síria.

"Depois das sucessivas façanhas na guerra contra o terrorismo organizado, nossas Forças Armadas afirmam que não hesitarão em esmagar os homens armados, onde quer que estejam e em cada esquina do território sírio", afirma um comunicado militar.

"Ao amanhecer, nossas Forças Armadas puderam restabelecer a segurança em Qusayr e limpá-la de terroristas (como o regime classifica os rebeldes), depois de uma série de operações delicadas nesta cidade e nas localidades próximas", completa o texto.

O exército cita uma "vitória conseguida por nossos heróis. É uma mensagem clara a todos aqueles que participam da agressão contra a Síria, à frente da qual (se encontra) o inimigo sionista (Israel) e seus agentes na região e no campo de batalha".


"As Forças Armadas estão preparadas para enfrentar qualquer agressão contra nossa pátria. Nossa batalha contra o terrorismo continua para restabelecer a segurança e a estabilidade em cada parcela de nosso território", completa o texto divulgado pela agência oficial Sana.

Ao mesmo tempo, o exército prometeu que "dará mostras de clemência com os que entregarem as armas".

Mas a oposição síria se comprometeu a continuar com "a revolução" contra o regime do presidente Bashar al-Assad.

"A revolução abençoada continuará e a vitória estará do lado dos que militam pela boa causa, dos que resistiram ante a injustiça e a opressão e dos que defenderam seus compatriotas da forma mais maravilhosa que existe", afirma um comunicado da Coalizão Nacional da oposição.

"Depois das façanhas dos heróis do Exército Sírio Livre (ASL) para defender os civis, o enorme desequilíbrio de forças se impôs e o regime de Assad e as milícias iranianas que o apoiam conseguiram entrar na cidade e controlar novos bairros", completa a nota, em referência ao Hezbollah libanês, apoiado pelo Irã.

A oposição pede às Nações Unidas e às grandes potências que "atuem rapidamente para proteger os civis e acabar com os atos de vingança e os massacres do povo sírio".

*Matéria atualizada às 13h09

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