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Tropas da Libéria atiram em manifestantes contra quarentena

Multidão tentava romper uma quarentena imposta a um bairro da capital, Monróvia, por causa da epidemia de ebola

Forças de segurança fazem proteção de bairro sob quarentena: pelo menos quatro pessoas ficaram feridas nos confrontos (2Tango/Reuters)

Forças de segurança fazem proteção de bairro sob quarentena: pelo menos quatro pessoas ficaram feridas nos confrontos (2Tango/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 09h58.

Monróvia - Soldados liberianos atiraram com munição real e lançaram gás lacrimogêneo nesta quarta-feira contra uma multidão que tentava romper uma quarentena imposta a um bairro da capital, Monróvia, por causa da epidemia de <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/ebola">ebola</a></strong>, que já matou 1.350 pessoas na <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/africa">África </a></strong> Ocidental. </p>

No extenso bairro pobre de West Point, em Monróvia, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas nos confrontos com as forças de segurança, disseram testemunhas.

Não ficou claro se alguém ficou ferido pelos tiros, mas um fotógrafo da Reuters viu um garoto com uma perna gravemente machucada, acima do tornozelo.

Autoridades liberianas impuseram um toque de recolher no país na terça-feira e a quarentena no bairro de West Point para conter a disseminação da doença. "Os soldados estão usando munição real", disse um porta-voz do Exército, Dessaline Allison, acrescentando: "Os soldados adotaram nesse caso as normas de ação. Eles não atiraram em cidadãos pacíficos. Haverá relatórios médicos sobre se os ferimentos foram causados por tiros."

Ainda lutando para se recuperar da devastadora guerra civil de 1989-2003, a Libéria registrou 95 mortes por ebola desde 18 de agosto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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