Mundo

Trípoli pede à ONU uma missão de observadores para verificar cessar-fogo

Chefe da diplomacia líbia insistiu também no fato de que seu país "cumpriu todos seus compromissos" com a comunidade internacional

No mesmo dia do anúncio, rebeldes líbios afirmaram que mataram soldados e confiscaram armas (John Moore/Getty Images)

No mesmo dia do anúncio, rebeldes líbios afirmaram que mataram soldados e confiscaram armas (John Moore/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2011 às 11h17.

Argel - O ministro das Relações Exteriores da Líbia, Moussa Koussa, anunciou neste sábado que seu país pediu à ONU que envie uma missão de observadores para que a organização verifique o cumprimento do cessar-fogo decretado na sexta-feira pelo líder Muammar Kadafi.

Em declaração à imprensa em Trípoli, transmitida pela emissora de televisão "Al Arabiya", Koussa explicou que, com esta medida, o Governo líbio quer "provar" sua credibilidade e demonstrar sua conformidade com a resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que cria uma zona de exclusão aérea na Líbia.

"Anunciamos um cessar-fogo, como prova de nossa aceitação da decisão da ONU. Também sublinhamos nosso compromisso de respeito à resolução 1973 das Nações Unidas em mensagem dirigida ao secretário-geral da ONU e aos membros do Conselho de Segurança", assinalou Koussa.

O chefe da diplomacia líbia insistiu também no fato de que seu país "cumpriu todos seus compromissos" com a comunidade internacional.

A declaração de Koussa ocorreu quando as forças leais ao coronel Kadafi lançaram, na manhã deste sábado, uma ofensiva total contra Benghazi, segunda maior cidade do país e principal reduto dos rebeldes.

Mustafa Abdel Jalil, presidente do Conselho Nacional Transitório (CNT) - autoridade rebelde concentrada em Benghazi -, afirmou em declaração à emissora "Al Jazeera" que este ataque é uma "prova flagrante" da violação do cessar-fogo por parte das forças leais a Kadafi.

O Ministério de Defesa líbio ressaltou, segundo a agência de notícias líbia "Jana", que suas forças mobilizadas na periferia oeste de Benghazi sofreram ataques mais cedo por parte de "terroristas afins à Al Qaeda".

A mesma fonte explicou que essas forças estavam em posição de "respeito o cessar-fogo", o que foi utilizado pelo "grupo de terroristas para massacrá-las", e obrigando-as a reagir "para se defender".

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaGuerrasLíbiaMuammar KadafiPolíticos

Mais de Mundo

Itamaraty confirma morte de brasileiro em atropelamento em Vancouver

Trump quer baixar imposto de renda com dinheiro do tarifaço, mas economistas alertam para riscos

Empresas de gás dizem que não podem cumprir veto de Trump a navios chineses

Índia realiza teste de mísseis em meio a crise com o Paquistão por tensões na Caxemira