Mundo

Trípoli diz que 718 pessoas morreram pelos ataques da Otan

Segundo o porta-voz do governo de Kadafi, mais de 4 mil pessoas foram feridas na Líbia devido aos ataques internacionais

Bombardeio na Líbia: número de vítimas não inclui as forças de Kadafi (Marco Longari/AFP)

Bombardeio na Líbia: número de vítimas não inclui as forças de Kadafi (Marco Longari/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 16h47.

Argel - O porta-voz do Governo líbio, Moussa Ibrahim, assegurou nesta terça-feira que 718 pessoas morreram e mais de 4 mil ficaram feridas pelos ataques dos aliados desde o início de suas operações na Líbia em 19 de março.

Em entrevista coletiva divulgada pela televisão estatal líbia, Ibrahim afirmou que dos 4.067 feridos contabilizados desde o começo da intervenção internacional no país até 26 de maio, 433 foram de gravidade.

O porta-voz explicou que esse balanço do Ministério da Saúde líbio, não inclui as vítimas registradas entre os soldados do Exército líbio, cujo número se recusou a divulgar.

A Otan negou em várias ocasiões que seus ataques aéreos na Líbia tenham causado um número elevado de vítimas civis e o regime não mostrou até o momento aos jornalistas estrangeiros presentes na capital nenhuma prova de massacres de civis.

Por sua vez os rebeldes cifraram o número de mortos nos conflitos com as tropas do regime desde que começou a revolta líbia em fevereiro em mais de 12 mil pessoas.

Segundo Ibrahim, durante a visita realizada na segunda-feira pelo presidente sul-africano, Jacob Zuma, a Trípoli não se tratou "em nenhum momento" uma possível proposta de saída para o líder líbio, Muammar Kadafi.

A Presidência sul-africana assinalou nesta terça-feira que Kadafi confirmou a Zuma que não está disposto a abandonar a Líbia, mas aceita um cessar-fogo de acordo com o documento fixado pela União Africana (UA).

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaLíbiaMuammar KadafiOtanPolíticos

Mais de Mundo

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista

Novo incêndio florestal provoca ordens de evacuação na região de Los Angeles