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Triplicam relações comerciais e políticas entre Brasil e países africanos

Comércio bilateral saltou de US$ 6 bilhões, em 2002, para US$ 19 bilhões, em 2009

Foram intensificadas as relações políticas, econômicas, comerciais e de ajuda humanitária (Christopher Furlong/Getty Images)

Foram intensificadas as relações políticas, econômicas, comerciais e de ajuda humanitária (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2010 às 12h25.

Brasília – Em oito anos, o Brasil e a África ficaram mais próximos. Foram intensificadas as relações políticas, econômicas, comerciais e de ajuda humanitária, além da cooperação na agricultura, saúde e educação. O comércio bilateral saltou de US$ 6 bilhões, em 2002, para US$ 19 bilhões, em 2009. O mesmo ocorreu com o número de embaixadas de países africanos no Brasil que, no mesmo período, aumentou de 18 para 30.

O subsecretário-geral de Assuntos Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Piragibe Terragô, disse à Agência Brasil que as afinidades entre brasileiros e africanos facilitam o intercâmbio. “Temos uma identidade cultural que é óbvia passando pela comida, música e artes em geral”, disse. “Aliado a isso, a abertura que houve passa a sensação para os africanos que a porta está e permanecerá aberta”.

A demonstração de que as relações serão expandidas é que, este ano, as primeiras perspectivas indicam que a balança comercial entre o Brasil e os países africanos vai superar os dados de 2009. A tendência é que os números se aproximem aos de 2008 - o ápice do comércio: US$ 26 bilhões.

Paralelamente, são ampliadas as parcerias em áreas específicas. Na agricultura, o Brasil fornece tecnologia e experiência para transformar a cultura de subsistência em algo rentável, assim como estimular a agricultura familiar e as plantações para a exportação. 

Na área de saúde, o foco é a prevenção e o combate à aids. A contaminação do HIV se espalha principalmente pelo Sul da África – Moçambique, Zimbábue, África do Sul, Botsuana, Nigéria, Gabão e Congo. O tratamento e os medicamentos do programa executado no Brasil são exportados para estes países.

Na Costa do Marfim, em Camarões e na Nigéria o apoio do Ministério da Saúde é para o tratamento da anemia falciforme. A doença atinge principalmente um determinado grupo étnico que vive nestas regiões. A anemia é causada pela má formação dos glóbulos brancos no sangue reduzindo a perspectiva de vida. 

Na educação, as principais parcerias estão voltadas para os países de língua portuguesa, como a Universidade Aberta e o Centro de Formação Profissional em Moçambique. Há um constante fluxo de universitários africanos estudando no Brasil e também no Instituto Rio Branco, escola do Itamaraty que prepara futuros diplomatas.

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