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Tribunal superior da Romênia anula resultado do primeiro turno de eleição presidencial

Candidato de extrema direita pró-Moscou que venceu o primeiro turno teria recebido 'tratamento preferencial' no TikTok e apoio de rede de desinformação russa

Agência o Globo
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Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 11h14.

Última atualização em 6 de dezembro de 2024 às 11h55.

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Um tribunal superior da Romênia anulou o primeiro turno da eleição presidencial do país. A decisão do tribunal constitucional – que é definitiva – foi anunciada nesta sexta-feira, 6, depois que o presidente Klaus Iohannis desclassificou, dois dias antes, informações de inteligência que alegavam que a Rússia realizou uma vasta campanha envolvendo milhares de contas em redes sociais para promover o candidato de extrema-direita Calin Georgescu em plataformas como TikTok e Telegram.

Georgescu era visto como um azarão na corrida e não declarou nenhum gasto de campanha, mas emergiu como o favorito após o primeiro turno em 24 de novembro. Ele enfrentaria a pró-UE Elena Lasconi, do partido União Salve a Romênia, em um segundo turno neste domingo.

Em comunicado, o tribunal afirmou que "anula todo o processo eleitoral referente à eleição do presidente da Romênia". "O governo estabelecerá uma nova data para a eleição... bem como um novo calendário para a realização das ações necessárias", acrescentou.

O resultado inicial ameaçava a postura pró-Ucrânia do país, com Georgescu se recusando a declarar explicitamente se apoia a Rússia. Ele já havia afirmado anteriormente que a Romênia – membro da Otan e da União Europeia – tem "suas melhores chances com a sabedoria russa".

O presidente da Romênia cumpre um mandato de cinco anos e tem poderes significativos de decisão em áreas como gastos com defesa, segurança nacional e política externa.

Partidos de extrema direita também tiveram um bom desempenho na eleição parlamentar do último domingo, embora os governistas Social-Democratas tenham saído como a maior facção e esperem formar um governo de coalizão pró-UE. O tribunal não questionou a integridade da votação parlamentar.

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