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Tribunal russo censura quatro vídeos do grupo Pussy Riot

A decisão judicial foi tomada em 29 de novembro, embora na época só tenha vazado à imprensa a proibição do vídeo da prece contra o presidente russo


	Integrantes do Pussy Riot no Tribunal de Moscou: em agosto, três componentes do grupo foram condenadas a dois anos de prisão
 (AFP)

Integrantes do Pussy Riot no Tribunal de Moscou: em agosto, três componentes do grupo foram condenadas a dois anos de prisão (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 17h22.

Moscou - Um tribunal de Moscou considerou extremistas quatro vídeos do grupo punk Pussy Riot e determinou restringir o acesso a eles na internet, de acordo com o texto da sentença publicado nesta quarta-feira pelas agências russas.

A decisão judicial foi tomada em 29 de novembro, embora na época só tenha vazado à imprensa a proibição do vídeo da prece contra o presidente russo, Vladimir Putin, na principal catedral ortodoxa do país, ação pela qual foram presas duas das integrantes do grupo.

A Justiça russa censurou outros três vídeos: "Pussy Riot Pega o Transporte", no qual as meninas cantam no transporte público de Moscou; "Pussy Riot na Praça Vermelha", onde interpretam uma música contra o Kremlin, e "Queimando o Glamour de Putin", gravado sobre o terraço de uma loja de moda.

O tribunal moscovita ordenou "limitar o acesso ao material indicado", mas só na página do polêmico grupo, dado que todos seus vídeos circulam com total liberdade em páginas internacionais como o YouTube.

O tribunal concluiu que "a livre disponibilidade nas páginas indicadas de materiais extremistas pode incentivar o ódio étnico e religioso", aponta a sentença.

A corte entende que "a distribuição de materiais extremistas solapa a estabilidade da sociedade e cria uma ameaça à vida e à saúde, a dignidade da pessoa (...) e solapa as bases da ordem constitucional do Estado".

Em agosto, três componentes do grupo foram condenadas a dois anos de prisão após ser declaradas culpadas de "vandalismo motivado por ódio religioso" por ter encenado uma prece política na Catedral de Cristo Salvador, de Moscou.

Mais tarde, após examinar um recurso de cassação do Tribunal Municipal de Moscou, a corte resolveu confirmar a sentença contra Nadezhda Tolokónnikova e María Aliójina, e deixou em liberdade condicional Yekaterina Samutsevich.

Após a encenação na catedral, as Pussy Riot divulgaram na internet um vídeo com uma canção que dizia "Maria, mãe de Deus, tire Putin do poder" que critica a Igreja Ortodoxa Russa por pedir o voto para o então candidato à presidência às vésperas das eleições. 

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