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Tribunal pede ajuda à Interpol para capturar Kadafi

Ditador, seu filho e um cunhado são acusados pelo Tribunal Penal Internacional pela repressão violenta contra os protestos na Líbia

O TPI está confiante que conseguirá capturar Muammar Kadafi (Joseph Eid/AFP)

O TPI está confiante que conseguirá capturar Muammar Kadafi (Joseph Eid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2011 às 12h57.

Bruxelas - O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, pediu nesta quinta-feira à Interpol que emita uma "circular vermelha" para deter o líder líbio Muammar Kadafi por supostos crimes contra a humanidade.

"Prender Kadafi é questão de tempo", assinalou Ocampo em comunicado, no qual explica que a "circular vermelha" tem como fim a detenção provisória de uma pessoa que está sendo procurada com vistas a sua extradição ou transferência para uma corte internacional.

A Procuradoria do TPI pediu à Interpol uma medida similar para a detenção de Saif Al Islam, filho do ditador líbio, e Abdullah al Senussi, seu cunhado e diretor da inteligência militar do regime.

Os três dirigentes líbios são procurados pelo TPI devido às acusações do uso de repressão violenta contra as revoltas no país. Para Ocampo, os três formavam um triângulo fundamental do regime líbio, sendo Kadafi a "autoridade absoluta", seu filho o "primeiro-ministro" e Senussi o "braço direito" e executor dos crimes, em alusão aos ataques contra a população civil.

"Estes são crimes que não serão ignorados pela comunidade internacional", assegurou nesta quinta-feira Ocampo, que informou que a procuradoria continua suas investigações na Líbia.

Em 27 de junho, o tribunal emitiu uma ordem às novas autoridades líbias para que os três dirigentes foragidos fossem detidos. Com o pedido desta quinta-feira, Ocampo também solicita a cooperação da Interpol, a maior organização policial internacional.

Nos últimos dias surgiram muitos rumores sobre uma possível fuga de Kadafi e de seus aliados mais próximos. No entanto, o ditador fez questão de desmentir sua fuga pessoalmente, divulgando uma mensagem de áudio para rede de televisão síria "Al Rai".

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