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Tribunal em Londres autoriza Assange a apresentar recurso contra extradição para os EUA

O fundador do WikiLeaks está preso na Inglaterra desde 2019

Assange vazou materiais com operações secretas dos EUA no Iraque e Afeganistão (Jack Taylor/Getty Images)

Assange vazou materiais com operações secretas dos EUA no Iraque e Afeganistão (Jack Taylor/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 20 de maio de 2024 às 10h32.

O Tribunal Superior de Justiça de Londres autorizou nesta segunda-feira que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, apresente recurso contra o pedido de extradição para os Estados Unidos.

Assange pode ser condenado a 175 anos de prisão caso seja enviado ao país, do qual é cidadão. A Justiça dos EUA quer julgá-lo por vazar 700 mil documentos confidenciais desde 2010 sobre as atividades militares e diplomáticas americanas, sobretudo no Iraque e Afeganistão.

A decisão desta segunda, considerada uma vitória para o hacker, acontece semanas após juízes britânicos pedirem mais informações ao governo norte-americano sobre o caso.

Vazamentos

Um dos principais materiais vazados por Assange era um vídeo que mostrava soldados norte-americanos executando 18 civis de um helicóptero no Iraque. Outros vídeos também mostravam assassinatos de civis e abusos cometidos por autoridades dos EUA e de outros países.

Oficiais norte-americanos disseram os "vazamentos colocavam em risco a vida de pessoas que cooperavam com os militares no Oriente Médio".

Em 2019, o Departamento de Justiça dos EUA descreveu os vazamentos do WikiLeaks como "um dos maiores vazamentos de informações confidenciais na história dos EUA".

O fundador do WikiLeaks está preso Inglaterra desde 2019 após de passar sete anos confinado na embaixada do Equador em Londres, onde buscou refúgio para evitar a extradição por acusações de agressão sexual na Suécia. Essas últimas acusações já foram retiradas.

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