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Tribunal egípcio proíbe atividades da Irmandade Muçulmana

Corte ordenou o governo a confiscar os fundos da Irmandade e administrar seus ativos congelados


	Membros da Irmandade Muçulmana: governo apoiado pelo Exército promove a maior perseguição em décadas contra a grupo islâmico, que diz ter um milhão de membros
 (Asmaa Waguih/Reuters)

Membros da Irmandade Muçulmana: governo apoiado pelo Exército promove a maior perseguição em décadas contra a grupo islâmico, que diz ter um milhão de membros (Asmaa Waguih/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 10h32.

Cairo - Um tribunal egípcio baniu nesta segunda-feira a Irmandade Muçulmana de conduzir quaisquer atividades no país e ordenou o confisco dos recursos do grupo, aprofundando uma campanha para enfraquecer o movimento islâmico do presidente deposto Mohamed Mursi.

"A corte bane as atividades da organização Irmandade Muçulmana e de sua organização não governamental, e todas as atividades que possa tomar parte e qualquer organização derivada dessas atividades", proferiu o juiz Mohamed al-Sayed.

A corte ordenou o governo a confiscar os fundos da Irmandade e administrar seus ativos congelados.

O governo apoiado pelo Exército promove a maior perseguição em décadas contra a grupo islâmico, que diz ter um milhão de membros. Forças de segurança mataram centenas de seus apoiadores e perseguiram outros milhares desde a deposição de Mursi pelo Exército em julho, após grandes manifestações contra seu governo.

A Irmandade venceu eleições parlamentares e presidenciais após a derrubada do antigo autocrata Hosni Mubarak, em 2011.

A derrubada de Mursi pelo chefe do Exército, Abdel al-Sisi, provocou uma crise política no país mais populoso do mundo árabe. A Irmandade insiste que houve um golpe militar para derrubá-la do poder.

A decisão do tribunal provavelmente vai levar mais membros da Irmandade para a clandestinidade e pode encorajar jovens islâmicos a pegarem em armas contra o Estado.

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